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Trabalhadores dos Correios de Picos aderem à greve nacional
Funcionários da empresa Correios em Picos aderiram à greve nacional que teve início nesta segunda-feira (17) em todo o país. Cerca de 70% do efetivo aderiu à paralisação que reivindica o respeito ao acordo bianual sobre os direitos trabalhistas, o qual foi derrubado pelo ministro Dias Toffoli, e passou a ter validade de apenas um ano, tendo encerrado, portanto, no dia 31 de julho deste ano.
“A motivação da nossa greve diz respeito a um acordo coletivo de trabalho que valiam dois anos 2019-2021. Esse acordo era para ser bianual e a empresa, não satisfeita com a decisão do próprio STF, recorreu e o Ministro Dias Toffoli, em uma decisão estapafúrdia, concedeu liminar reduzindo a validade desse acordo bianual para um ano, deixando os trabalhadores, em meio à pandemia, nessa situação que estamos. Então, a resposta que temos que dar é uma grande greve. Essa foi uma decisão injusta, para agradar ao Governo”, declarou o diretor regional do Sindicato dos Correios do Piauí, Adão Vieira.
Ele lamentou ainda que a justiça, no Brasil, só sirva para pessoas de pouca aquisição financeira e social e comentou sobre o prejuízo que estão tendo.
“Justiça nesse país só funciona para quem é ladrão de galinha, pobre, preto e favelado. Entramos em greve para mantermos nossos direitos e termos justiça. A gente não pode confiar no Judiciário. Então, de norte a sul do Brasil, hoje estamos todos parados. Só de vale alimentação tivemos prejuízo em mais de 20%, ou seja, estão tirando alimento da boca de nossos filhos”, disse indignado.
Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras, segundo texto emitido pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares.
O diretor regional dos Correios, Adão Vieira, relatou que os trabalhadores estão firmes no propósito da greve e só voltarão atrás da decisão após estarem seguros de que não serão prejudicados. Ele corrobora, ainda, que a greve vem para lutar contra a privatização da empresa.
“Estamos firmes e só vamos arredar o pé quando tivermos um acordo que não nos prejudique. Pedimos que a população não fique indignada com essa greve dos Correios. Nossa luta também é contra a privatização. Se a empresa chegar a ser privatizada, quem vai ‘pagar o pato’ é a população, pois ela sendo privatizada, será retirada de várias cidades pequenas, pois não terão como se manter ”, lembrou.
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