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ENTRETENIMENTO

Indústria da música amarga prejuízos com 2ª suspensão do Carnaval

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A suspensão do Carnaval pelo segundo ano seguido, em virtude da pandemia de Covid-19, traz impacto para diversos setores da economia como o turismo, o comércio e, claro, a cultura. A indústria da música, por exemplo, deve amargar um prejuízo financeiro ainda maior que em 2021, quando as festividades foram canceladas pela primeira vez.

De acordo com o relatório Brasil que Ouve, divulgado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a expectativa é arrecadar R$ 6 milhões no período do Carnaval, o que representa uma queda de 62% no valor arrecadado em 2020 – último ano no qual a folia tomou conta do país.

Até o final do mês de janeiro, foram arrecadados 41% dos R$ 6 milhões esperados, que, de acordo com a área responsável, são referentes a eventos já licenciados e pagos previamente, acordos de pagamentos antigos, entre outros tipos de pagamento.

“Em 2022, a folia ainda não voltará a todo vapor no Brasil. Diversas capitais já anunciaram o cancelamento de shows e eventos, o que vai impactar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de música. A instabilidade do cenário pode levar a uma arrecadação ainda menor que a prevista no início do ano”, comentou Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.

A queda na quantidade de eventos e shows previstos para o Carnaval também é grande. Até a primeira semana deste mês de fevereiro, 94 shows e eventos de carnaval estavam cadastrados no Ecad, com previsão de realização neste período. Em comparação ao ano de 2020, quando os eventos estavam liberados, a queda é de 98%.

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O maior impacto é na renda de compositores, intérpretes e músicos, que além de enfrentarem o segundo ano sem Carnaval, já sofrem com as limitações do setor, a cada nova onda da pandemia. De acordo com o Ecad, a previsão é de que a queda seja de pelo menos 50% na distribuição de direitos autorais na folia, em comparação aos valores do ano passado.

Carnaval do DF

Essa semana, o governador Ibaneis Rocha (MDB) descartou qualquer flexibilização dos protocolos sanitários contra Covid-19 no Carnaval, mesmo após a queda na taxa de transmissão a 0,98 – registrada na sexta-feira (18/2). Além disso, o chefe do Executivo local planeja intensificar a fiscalização contra festas clandestinas durante o feriado prolongado.

Ibaneis considera que o número de mortos e a pressão na rede pública de saúde para o tratamento de pacientes continuam elevadas. “Ainda é muito cedo para a gente tratar disso. Estamos com um número muito alto de internações, em que pese a taxa (de transmissão) esteja reduzindo e se mantendo”, comentou.

Ainda não há planos para um Carnaval fora de época no DF, apoiado pelo Governo Distrital, de modo que a folia deve ficar mesmo para 2023. A previsão é que escolas de samba e blocos tradicionais de rua recebam R$ 3,9 milhões para se reestruturarem. O incentivo foi anunciado por meio de edital no Diário Oficial, publicado em outubro de 2021.

Fonte: Metrópoles

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