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Antes de morrer, garoto revelou autor de espancamento; família crê em mais envolvidos

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A motivação das agressões que resultaram na morte do garoto Pedro Henrique Ferreira da Silva, 12 anos, ainda é desconhecida. Familiares e pessoas próximas à criança já foram ouvidos no inquérito policial que apura as circunstâncias do crime. A suspeita é que ele foi vítima de espancamento ao sair de casa para brincar na zona Rural de Miguel Alves, no interior do Piauí. Antes de morrer, ainda internado, ele teria indicado o nome de um dos autores.O Cidadeverde.com conversou com familiares do menino que acreditam que existe mais de um suspeito. Ele teria tido o joelho quebrado em duas partes e fratura em oito costelas. 

Ele morreu na última terça-feira (10) em um hospital da cidade de Caxias-MA após ser internado com dores na região do tórax.

“Ele queixava-se de dor, mas desconversava quando perguntado o que teria acontecido. Tendo em vista o agravamento do seu estado de saúde, foi questionado mais uma vez por familiares e indicou. Isso ajudou muito a Polícia Civil, a descobrir o que de fato teria acontecido”, disse o delegado Célio Benício, da Gerência de Polícia do Interior (GPI). 

A Polícia Civil do Piauí aguarda o resultado de laudos que atestam a causa da morte do garoto. Segundo o delegado, a Polícia Civil do Maranhão também foi acionada. 

“Entramos em contato com os hospitais de Coelho Neto e Caxias, ambos no Maranhão, e solicitamos o prontuário. Pedimos também o auxílio da Polícia Civil do Maranhão para que o delegado viabilizasse a realização do exame cadavérico para que esclareça o tipo de lesão ou o que levou à morte desse garoto”, esclarece Benício.

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De acordo com a Polícia Civil já há uma linha de investigação clara, mas ainda é mantida em sigilo.  Além de menores de idade é considerada a participação de adultos na situação que acabou resultando na morte do garoto. 

“Várias pessoas foram ouvidas, familiares do Pedro Henrique, jovens que estariam com ele foram identificados. O que se pode falar no momento é que já temos uma linha clara de investigação e que vamos esclarecer, o mais rápido possível, o que de fato aconteceu. No prazo da lei tudo será esclarecido pela Polícia Civil de Miguel Alves”, finaliza Célio Benício. 

Família crê em mais de um suspeito 

Cidadeverde.com conseguiu conversar com familiares de Pedro Henrique e apurou que o nome revelado pelo garoto seria de um colega que tem aproximadamente a mesma idade e estudava na mesma escola. Esse adolescente, inclusive,teria confirmado à família da vítima que quebrou o joelho de Pedro em duas partes. 

“Era comum o Pedro ir brincar com ele. Jogavam bola à tarde e voltavam juntos. No dia em que houve o espancamento, eles tinham ido brincar do ‘pega’ e por volta de 18h30, o Pedro disse que queria voltar, mas ele disse que não e teria dado uma ‘pesada’ no joelho do Pedro. Foi isso que ele mesmo  [amigo apontado por Pedro] contou pra gente”, disse  Raimundo Nonato Pinheiro, padrasto da vítima. 

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O real motivo das agressões ainda é desconhecido. Pela gravidade das lesões, familiares acreditam que não somente o adolescente apontado por Pedro tenha participado do espancamento. A família desconhece também como Pedro conseguiu chegar em casa após ter sido lesionado no joelho. 


Várias lesões e versões desencontradas

Pedro foi agredido na segunda-feira (02), mas só veio a óbito no último dia (10). Nesse período foram idas e vindas a hospitais nas cidades de Coelho Neto e Caxias, ambos no Maranhão, e informações desencontradas sobre o estado de saúde. 

“Ele foi agredido no início da semana e não contou nada. Só falou uns quatro dias depois quando não aguentava mais de dor. Reclamou de dor do joelho, levamos para Coelho Neto e informaram que era só uma torção. Voltamos pra casa e ele ainda com muitas dores. Um novo raio-X deu que ele tinha quebrado o joelho em duas partes”, contou o padrasto. 

“Ele voltou pra casa novamente e depois reclamou de dores no tórax e falta de ar. Retornamos pro hospital e já foi transferido para Caxias. Depois disseram que ele tinha quebrado duas costelas e depois outro raio-X mostrou oito costelas. Foi isso que contaram pra gente, mas não deram os exames. No atestado de óbito diz que ele levou uma pancada na região do tórax, que machucou o pulmão e isso que causou a morte”, completa Raimundo Nonato

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Criança alegre

Familiares ainda tentam entender o motivo da morte de Pedro Henrique e o que de fato ocorreu. O garoto é lembrado como um menino alegre.

“Ele era um bom filho e estamos muito abalados, sem entender por que fizeram isso com ele. Todo mundo abalado, a família, o assentamento e a cidade. A Justiça tem que ser feita e os responsáveis punidos por essa criminalidade. Estamos cobrando  por Justiça para punir quem fez isso”, desabafou o padrasto ao Cidadeverde.com.

Fonte: Cidade Verde

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