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Câmeras de monitoramento que custaram R$ 1 milhão não funcionam no Piauí, diz associação
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As câmeras de monitoramento da Polícia Militar do Piauí, que custaram mais de R$ 1 milhão deveriam servir para prevenir crimes ou ajudar na investigação, estão desativadas há três anos, segundo a Associação dos Oficiais Militares do estado do Piauí. A Polícia Militar informou que a responsabilidade sobre as câmeras é da Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria informou ser da PM.
O major Diego Melo, da associação, chegou a coordenar o programa Guardião Eletrônico que tinha 30 câmeras interligadas a um centro de monitoramento no Quartel da Polícia Militar. Segundo ele, por falta de monitoramento, o programa deixou de funcionar.
“O guardião era um programa piloto que foi implantado em 2010 com custo de quase R$ 1 milhão, tinha câmeras instaladas em vários pontos da cidade. Em locais que a população frequentava e hoje o programa foi abandonado devido à falta de manutenção que tornaram os equipamentos sem funcionalidade”, disse o major.
Com recursos do governo federal, outro programa foi criado com 16 câmeras ligadas a dois ônibus. Bases móveis de monitoramento e câmeras não funcionam mais, os ônibus também não. Eles ficavam estacionados na entrada da Vila Jerusalém, uma das comunidades consideradas mais perigosas da Zona Sul de Teresina.
Um dos veículos está estacionado no pátio do 9º Batalhão da Polícia Militar localizado Lagoas do Norte, região que segundo o presidente da Amepi foi disputado por facções.
“Quando foi instalado este modelo de monitoramento na região foi buscando inibir ações de facções criminosas e o surgimento de bandos criminosos como acontece em outras regiões do Brasil. Esta estrutura funcionou no ano de 2015, mas partir do ano de 2016 foi desativado. É um investimento público que não trouxe benefício para comunidade”, afirmou o tenente-coronel Carlos Pinho.
A associação afirma que a falta dos equipamentos prejudica a população que mora em regiões consideradas mais violentas. No ano passado, 102 dos 322 crimes contra vida cometidos no Piauí aconteceram na Zona Norte de Teresina.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que a responsável pelas câmeras é a Secretaria de Segurança, já a Secretaria disse que a administração dessas câmeras é feita pelo departamento de telecomunicações da Polícia Militar. Não há previsão para a resolução do problema.
Fonte: G1 Piauí
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