Em Picos, estudantes realizam ato contra cortes no orçamento das universidades e dos institutos federais

Na manhã desta terça-feira, 18 de outubro, estudantes realizaram um protesto contra os cortes no orçamento das universidades e institutos federais. O momento aconteceu na Praça Félix Pacheco, no Centro de Picos, e os alunos expressaram insatisfação pelos cortes na educação.

De acordo com o estudante de informática do ensino técnico integrado ao médio do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Jeferson de Abreu Araújo, somente em 2022, a instituição já sofreu três grandes cortes, e o alunos sentem isso no dia a dia. Para ele, o atual governo não prioriza a educação.

“Essa manifestação é contra os cortes, não é o primeiro, já é o terceiro dentro de um ano, e porque tantos cortes? para onde está indo o dinheiro? Eles falam que o dinheiro vai retornar em novembro, mas não tem nada que assegure isso. As universidades estão sendo afetadas, têm alunos que precisam de bolsas e não recebe porque não há dinheiro suficiente. O presidente Bolsonaro não abriu uma universidade em seu governo, ele não investe em educação, então nossa manifestação é contra tudo aquilo que vai contra a educação”, frisou.

Jeferson de Abreu Araújo ainda destacou que a situação é revoltante. “É muito revoltante, falta equipamentos, muitos precisam de manutenção, mas não tem verba para realizar por conta nos cortes no orçamento”, assegurou.

Segundo o estudante do curso de História da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Vitor Batista, a manifestação vem sendo planejada a uma semana para reivindicação de melhorias nas universidade públicas e contra cortes no orçamento.

“Estamos nos mobilizando desde a semana passada com as assembleias das universidades, dos institutos federais, para denunciar esses cortes que o governo Bolsonaro vem fazendo. Este último foi um corte severo, então estamos aqui na rua para reivindicar que as universidades e os institutos federais não fechem”, afirmou.

Vitor Batista também destacou que os cortes no orçamento alterou a rotina na universidade, ocasionou em demissões e no funcionamento das instituições federais.

“Tivemos um corte de demissão de mais de três seguranças, tivemos um redução de 97% no número de funcionários terceirizados da Universidade Federal do Piauí, são essas pessoas que fazem a universidade funcionar juntamente com os professores e estudantes, então os cortes implicam no funcionamento da universidade”, garantiu.

Na ocasião, os estudantes exporam faixas e cartazes.

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Fotos: Fabrícia Rivas