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POLÍTICA

Mais de 4 mil pessoas estão na fila de espera por cirurgia eletiva no Piauí, diz Teresa Britto

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A deputada estadual Teresa Britto (PV) relatou, na sessão plenária desta quinta-feira (20) na Assembleia Legislativa, que existem mais de 4 mil pessoas na fila de espera para fazer uma cirurgia eletiva, dos quais 1.700 são por causas traumáticas de ortopedia.

Enquanto isso, diversos hospitais bem estruturados de cidades do interior não fazem essas cirurgias porque o governo não contrata equipe de profissionais e nem compra equipamentos.

“O hospital de Barras tem estrutura e poderia, se tivesse investimentos, atender boa parte da região Norte, como Cabeceiras Batalha, Luzilândia, Esperantina e tantas outras. O hospital de São Miguel do Tapuio é grande, tem sala de cirurgia, mas funciona apenas como um ambulatório. Isso é um absurdo, uma falta de compromisso do governo que não faz concurso e nem compra equipamentos”, denunciou.

A parlamentar afirmou que recebe diariamente reclamações de pessoas que estão há dois anos esperando uma cirurgia e pessoas que estão há seis meses com membros quebrados e que não conseguem uma operação ortopédica. “Isso tudo foi discutido ontem na audiência pública da Comissão de Saúde. A saúde pública nos obriga a fazer essas cobranças e a entrar com ação civil pública para responsabilizar quem comete essas irregularidades. A saúde não tem preço e nós vamos fiscalizar mais ainda”, afirmou.

Teresa Brito citou ainda que os hospitais de Simplício Mendes, São João do Piauí e Urucuí poderiam atender mais se o governo tivesse interesse e colocasse equipes de cirurgiões, de enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de equipamentos. O Hospital de Picos, apesar de ter uma boa equipe, não tem estrutura e o governo nada faz”.

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A oradora acrescentou que a rede hospitalar de Teresina está superlotada, mas é quem vem dando vazão à demanda por mais saúde pública e que os casos atendidos aqui deveriam ser somente os de alta complexidade, deixando os casos menos graves para os hospitais do interior. “Os recursos da Covid são do Governo Federal. Cadê a parte do Estado, que não paga nem o cofinanciamento aos municípios, o que é obrigado por lei?”, indaga.

Como sugestão, Teresa Britto propôs que o governo faça mutirões para atender imediatamente todos os pacientes que estão na fila e afirmou que um dos problemas é que todas as compras estão centralizadas na Secretaria de Saúde, com os hospitais não tendo autorização sequer para adquirir um comprimido contra dor. “Vou encaminhar o relatório da audiência pública ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e aos conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem. Esse absurdo não pode continuar”, assegurou.

Servidores – Teresa Britto revelou que na Secretaria de Estado da Saúde existem 3 mil pessoas contratadas como prestadores de serviço, em situação precária e sem nenhuma garantia. “Quando o Ministério Público pressionou, o governo disse que iria fazer um teste seletivo, mas não fez. Fez apenas uma seleção de currículos. Todos estão na folha, mas ninguém sabe se trabalha. Muitos trabalham, mas não tem férias, décimo terceiro e previdência. Isso tem que acabar”, afirmou.

A deputada disse também que no âmbito tem recursos da ordem de R$ 1,6 bilhão, mas grande parte das escolas estão sem reformas, não tem internet para melhorar o aprendizado dos estudantes.

“O governo inventou um tal de Pro Piauí, que não passa de um Pro Propaganda do candidato à sucessão de Wellington Dias. Obras mesmos não existem. O governador fica aparecendo na mídia dizendo que está buscando isso e aquilo e não cuida do dever de casa. Falta tudo. Medicamentos na Farmácia Popular, saúde nos hospitais, falta compromisso. O governador é inteligente para fazer política, mas não sabe administrar”, afirmou.

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Fonte: Alepi

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