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POLÍTICA

“Nunca o Piauí recebeu tanta atenção do governo como nas gestões de Lula e Dilma”, diz presidente

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O presidente Luís Inácio Lula da Lula concedeu entrevista exclusiva ao Jornal O DIA, publicada na edição desta sexta-feira (21), em que falou sobre investimentos e projetos para o Piauí, além de defender que o PT chegue ao Palácio da Cidade. Ele afirmou ainda que é contra o aborto, mas que abortar é questão de saúde pública.

Confira a entrevista completa de Lula ao O Dia:

O senhor sempre tem no Piauí a maior aprovação e proporcionalmente a maior votação entre os estados. O que tem feito para retribuir a confiança do povo piauiense?

“Os dois presidentes que mais tiveram atenção com o Piauí fomos eu e a Dilma. Nem antes, nem depois, o estado recebeu a atenção que merecia do governo federal. Nós sempre investimos no estado, que teve um grande governador na figura do Wellington. E é bonito ver os frutos das parcerias que construímos entre o Piauí e o governo federal. Hoje, o estado tem 23 unidades de Institutos Federais, e nesse nosso governo vamos abrir mais três, em Barras, Esperantina e Altos. Estão previstos no PAC investimentos de 56,5 bilhões no Piauí, com a duplicação da BR 343, a adutora de Jaicós, a barragem de Nova Algodões e projetos de habitação, urbanização de favelas e saneamento. São iniciativas que geram emprego, renda e oportunidades para os piauienses, movimentando toda a economia. O Piauí viu esse desenvolvimento nos meus governos, nos da Dilma e do Wellignton, e está vendo isso hoje comigo e Rafael, e por isso essa confiança da população do estado no nosso projeto de país”. 

O Piauí tem buscado protagonismo nas discussões de transição energética. Como o senhor avalia o cenário e a possibilidade de atração de investimentos do exterior neste setor?

“O Brasil tem uma oportunidade extraordinária com a transição energética. Já somos um país com uma matriz energética muito limpa. Mais de 90% da nossa energia elétrica vem de fontes renováveis. E temos muitos investimentos acontecendo e previstos em eólicas, solar, hidrogênio verde. E estamos construindo as linhas de transmissão para viabilizar ainda mais iniciativas de geração. E o Nordeste tem uma vantagem, uma vocação natural e geográfica, muito forte para fontes de energia limpa que tem tornado a região exportadora de energia. O Piauí tem sido referência nessa área porque reúne todas as condições naturais e junta isso com a animação e trabalho duro do governador Rafael. Então acho que o Brasil e o Piauí vão aproveitar muito bem as oportunidades que a transição energética dá ao Brasil não só para exportarmos energia, mas também para fortalecermos nossa indústria e economia”. 

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O Piauí ainda tem problemas como o enfrentamento à seca, por exemplo. O próprio combate à fome é também uma necessidade. Quais ações devem ser desenvolvidas para alcançar essas famílias que atualmente ainda sofrem com esses problemas sociais?

“Hoje, 595 mil famílias recebem o Bolsa Família no estado. Desde 2003, quando lançamos esse programa no meu 1º mandato construímos 85 mil cisternas no Piauí, 74 mil para consumo e 11 mil para produção. Nós garantimos a ampliação do Bolsa Família e hoje as famílias recebem em média 682 reais cada uma. Nós temos uma parceria importante com o governo do estado com o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa de Alimentação saudável para promoção e assistência à agricultura familiar. No ano passado, essas duas iniciativas apoiaram mais de 140 mil famílias. E seguimos trabalhando. Nessa semana, os ministérios do Desenvolvimento Social; do Desenvolvimento Agrário; do Meio Ambiente; e o da Agricultura assinaram uma iniciativa para recuperar áreas em processo de desertificação do estado”. 

No combate à Pobreza, o Piauí recebeu o piloto do Fome Zero e tem registrado índices de redução em extrema pobreza. Recentemente, o estado recebeu a força-tarefa do G20, que formulou as bases dessa aliança contra a Fome e a Pobreza. Como o senhor avalia a atuação do ministro Wellington Dias No ministério do Desenvolvimento Social e como vê viabilidade nesta aliança contra a fome?

“O Wellington tem feito um trabalho extraordinário no G20 e na condução do ministério. Eu não esperava outra coisa depois do trabalho histórico que ele fez como governador do Piauí. Nesse primeiro ano, em 2023, já tiramos 24 milhões de pessoas da situação de fome no Brasil. O combate à fome está entre os principais compromissos do meu governo, e eu sei, pela experiência que tivemos e estamos tendo no Brasil, que ninguém no mundo precisa passar por isso. O mundo já produz alimentos para todos, o problema das pessoas é ter renda para produzi-los e para adquiri-los. Estamos levando ao G20, nesse ano que o Brasil assumiu a presidência do grupo, o combate à fome como prioridade, com a Aliança Global contra fome, que vamos lançar oficialmente no Rio de Janeiro no próximo mês”.

Ministro Wellington Dias, no G20, em Teresina. - (Assis Fernandes/ODIA)Assis Fernandes/ODIA

Presidente, o que o senhor tem a dizer sobre essa estratégia de uma ala conservadora do congresso em pautar projetos Polêmicos, como o PL 1904/24, como forma de testar o seu Posicionamento frente ao eleitorado evangélico?

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“Eu, pessoalmente, sou contra o aborto. Mas, como presidente, é uma questão de saúde pública. É uma insanidade um projeto que criminaliza vítimas de estupro. A lei que já existe garante que se aja de forma civilizada nesses casos”. 

Lula durante visita ao Piauí em pré-campanha no ano passado - (Ricardo Stuckert/Ascom Lula)Ricardo Stuckert/Ascom

Por fim, falando agora em eleições, de que forma o senhor pretende apoiar a eleição de Fábio Novo (PT) para a Prefeitura De Teresina?

“Vou atuar respeitando a posição de presidente – fora do horário de expediente e nos fins de semana. Mas acho importante atuar para combatermos o negacionismo da ciência e da democracia que quase destruiu o nosso país e que atuou tão fortemente contra o Nordeste, tentando punir o povo nordestino pelo seu voto. O PT do Piauí tem um trabalho extraordinário e acho que chegou a hora de levar esse trabalho para a prefeitura de Teresina”.

Fonte: Portal O Dia

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