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Em Picos, Wellington Dias é vaiado por professores e não participa de inauguração de escola
![](https://cidadesnanet.com/news/wp-content/uploads/2022/03/protesto-wd009.jpg)
Na manhã desta quinta-feira, 24 de março, os profissionais da educação da rede estadual realizaram um protesto na Unidade Escolar Miguel Lidiano, localizada no bairro Junco, em Picos, cobrando o reajuste salarial de acordo com piso nacional.
Na oportunidade, os professores apresentaram faixas com algumas frases cobrando o reajuste salarial e direitos garantidos como a seguinte frase: “Governador sem compromisso, educadores sem direitos, alunos sem aulas”. Outra frase apresentada pelos manifestantes se trata do tempo da reforma da escola em pauta. “Bem-vindo, senhor governador! U.E Miguel Lidiano, uma década de espera”, apresentaram os manifestantes em cartazes.
Cumprindo agenda em Picos na manhã de hoje, 24, o governador Wellington Dias (PT) participaria da inauguração da Unidade Escolar Miguel Lidiano, porém, acabou não participando em decorrência do protesto dos professores da Rede Estadual. Na ocasião, o gestor chegou a ir com sua comitiva até a escola, mas não adentrou nas depedências da mesma.
A reforma acabou sendo inaugurada pelo secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, sem a presença da comitiva do governador.
A presidente regional do Sinte, professora Gisele Dantas, comentou sobre o protesto e sobre a proposta apresentada pelo governo.
![](https://cidadesnanet.com/news/wp-content/uploads/2022/03/protesto-wd065-1024x683.jpg)
“Estamos hoje em manifestação, pois tomamos conhecimento da vinda dele para inaugurar uma escola. Vejam só, demorou uma década, peguem o extrato dessa reforma e veja o tanto de dinheiro e aditivos injetados e o tanto de problemas que ficaram. Falta de respeito com os alunos, com a comunidade, estamos nessa luta, cobrando nossos direitos, são quatro anos sem reajuste salarial. O governo apresentou uma proposta imoral, colocou na mesa de negociação o reajuste de 2019”, frisou
O professor de linguagens, Mário Fontes, clamou por reajuste para os professores da rede estadual e comentou sobre a escolha do governador em não atender os professores.
“É muito importante para mostrarmos para nosso governador o nosso sofrimento, quatro anos sem reajuste. Não temos condição de comprar ao menos um perfume para chegar adequadamente em uma escola. A gente viu muito segurança e policial, a gente não oferece nenhum perigo, a nossa arma é o pincel e a educação, a gente quer ser tratado também com dignidade”, frisou.
Wellington Dias chegou a ir até o local, porém, em decorrência do protesto, resolveu não descer do carro, e deu seguimento a sua agenda na região.
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