Suspeito de atirar em policial do Greco denuncia ter sido agredido por policiais na Central de Flagrantes

“Após ser ouvido pelo delegado plantonista, policiais civis do Greco entraram sem ser percebidos, cercaram o meu cliente ainda no corredor e o colocaram dentro da cela, onde ele foi espancado. O Carlos André foi agredido principalmente nos olhos e na boca”, denunciou a advogada Kamila Abreu.

A advogada contou ter percebido os hematomas quando foi ouvir o cliente na Central de Flagrantes. Ela mesma acionou o delegado plantonista Antônio Marques, que solicitou exame de corpo delito e prestou assistência ao preso.

“No laudo do Instituto Médico Legal foi constatado as lesões que ele sofreu dentro da Central de Flagrantes. Eu tomei providências e comuniquei o caso ao Comitê de Tortura da OAB, Ministério Público e Corregedoria da Polícia Civil”, disse Kamila Abreu.

De acordo com a advogada, o fotógrafo estava na loja de conveniência do posto de combustível, quando o policial armado começou a ameaçar os clientes e funcionários do local. Ao tentar se defender, Carlos André entrou em luta corporal com o oficial e um dos tiros atingiu a perna dele.

“Ele reagiu a atitude do policial, que estaria alcoolizado. O frentista do posto é testemunha que o policial levantou a arma e ameaçou algumas pessoas. A Polícia Militar chegou poucos minutos depois e levou todos os envolvidos para a Central de Flagrantes”, alegou a defesa.

O G1 entrou em contato com o corregedor geral da Polícia Civil, delegado Emir Maia, mas ele não foi localizado para comentar sobre o caso. O policial que não teve o nome revelado foi atendido no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e não corre risco de morte.