GERAL
Piauí tem cerca de 250 mortos não identificados e vai iniciar campanha para coleta de material genético
A Secretaria de Segurança Pública iniciou nesta segunda-feira (7) uma campanha para coletar o material genético de familiares de pessoas desaparecidas no Piauí. A intenção da campanha é alimentar um banco de dados com amostras de DNA, que será compartilhado pelos órgãos de segurança de todo o Brasil.
O estado tem 250 pessoas encontradas mortas que ainda não foram identificadas e a SSP informou que realiza um levantamento para definir o número de pessoas que são consideradas desaparecidas.
A campanha acontecerá nos dias 14 a 18 de junho. No dia 16, ocorrerá o Dia D da campanha. Assim, os dados do Piauí farão parte do Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Precisam doar amostras de DNA parentes diretos de pessoas desaparecidas, como: pais, filhos e irmãos. As pessoas devem procurar a delegacia regional ou especializada mais próxima.
O DNA do próprio desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, tais como: escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, amostra de cordão umbilical. Esses materiais também poderão ser entregues nos pontos de coleta da campanha.
A coleta acontecerá nas seguintes cidades:
- Teresina
- Parnaíba
- Piripiri
- Pedro II
- Campo Maior
- São Raimundo Nonato
- Floriano
- Picos
- Bom Jesus do Gurgueia
- Uruçuí
- Corrente
Em Teresina, a coleta acontecerá em três locais:
- Na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro Administrativo;
- no Instituto de DNA Forense, na rua Governador Arthur de Vasconcelos, 995, bairro Porenquanto, Zona Norte;
- no Instituto Médico Legal (IML, na rua Francisca de Melo Lobo, bairro Saci, Zona Sul.
Ao chegar aos locais de coleta, um policial irá colher o depoimento sobre o caso, em que serão registrados os dados da pessoa desaparecida e as informações sobre como se deu o desaparecimento. Um perito criminal irá fazer a coleta do material genético. A coleta é indolor e gratuita. O material genético será inserido no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
A coleta de amostras através da campanha deve possibilitar que o Piauí participe do intercâmbio nacional de dados genéticos. Assim, os dados coletados aqui poderão ser comparados com amostras de DNA coletadas em todo o Brasil
Piauí lança campanha para coleta de material genético para localizar desaparecidos — Foto: Andrê Nascimento/ G1 PI
“Essa campanha vai nacional para fazer esse intercâmbio, para verificar se, por exemplo, um cadáver encontrado no Ceará é de uma pessoa do Piauí. A importância maior é essa: esse intercâmbio entre familiares e laboratórios”, disse a perita.
Segundo a coordenadora do Instituto do DNA Forense, a perita criminal Adilana Soares, há cerca de cem ossadas humanas e de 150 cadáveres encontrados no Piauí ainda sem identificação.
Fonte: G1
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