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Barragens estão com menos de 50% de sua capacidade e coloca Piauí em alerta

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Antes mesmo de chegar o período mais crítico da estiagem, mais da metade das barragens do Piauí já estão com menos de 50% de sua capacidade de armazenamento de água. Das 25 barragens monitoradas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), 17 estão nessa situação. Vários municípios dependem desses reservatórios para ter água potável, sendo que a região do Semiárido piauiense, com 127 municípios e que ocupa uma área de 59% do estado, a situação é preocupante.

Segundo o relatório do Dnocs de agosto, o reservatório de Cajazeiras, localizado no município de Pio IX, a 444 quilômetros de Teresina, está completamente seco. Mais outras cinco barragens, todas no Sudeste do estado, seguem abaixo de 12% de sua capacidade. São elas, as barragens de Fátima no município de Picos (7,08%); Barreias em Fronteiras (7,88%); Nonato (10,53%) em Dom Inocêncio; Piaus (10, 53%) em São Julião, além da barragem Petrônio Portela no município de São Raimundo Nonato (11,03%).

De acordo com o chefe da equipe técnica Dnocs, Francisco Ribeiro, o Semiárido piauiense é a região mais crítica porque o índice de chuva, que é normalmente baixo (até 800 milímetros), este ano, não chegou a 600 milímetros. “A situação mais difícil está na região do Semiárido, onde tem os volumes mais baixos de chuva.

O reservatório de Barreiras, que fica no município de Fronteiras, está com 7,8% de sua capacidade. Outra que está numa situação triste é a barragem de Bocaina, porque essa barragem tem um alto alcance social. Ela fica uns 25 quilômetros acima de Picos e uma das finalidades da sua construção é a perenização do rio Guaribas, mas a situação está tão crítica que a água não chega nem em Picos”, revelou o técnico.

Ainda segundo ele, outro problema grave enfrentado na região de Picos é o barramento do rio Guaribas, feito por agricultores que tem plantações próximas à barragem de Bocaina, o que vem prejudicando as populações que ficam abaixo do açude, onde não chega a água. “Isso é ilegal, mas nós do Dnocs não temos poder de polícia, quem tem poder de polícia é a Semar (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) e o Ministério Público.Mas a própria Semar não tem pessoal suficiente para fazer isso”, frisou Ribeiro Martins.

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Segundo o chefe da equipe técnica do Dnocs, o que vem salvando Picos e municípios próximos é a facilidade na construção de poços. Ele explica que como o solo da região não é formado por rochas (cristalino) e sim, por sedimentos, a perfuração de poços com capacidade acima de 7 mil litros é mais fácil.

Já em cidades como Parnaguá, que fica a 605 quilômetros da capital e tem seu solo formado por rocha, só se consegue retirar água onde há uma falha geológica, sendo que a vazão de água desses poços é de pequena capacidade. Atualmente, a cidade está sendo abastecida por cinco poços com capacidade de 5 mil litros por hora, o que é considerada uma vazão baixa.

 

Diário do Povo

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