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DIA DO BATONZEIRO | Conheça a história dos empreendedores e do produto que aquece a economia em Monsenhor Hipólito

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O município de Monsenhor Hipólito, situado na Região Centro-Sul do Piauí, a 377 quilômetros de Teresina, se destaca na venda de batons, maquiagens, demais produtos de beleza na linha de cosméticos considerada como atividade econômica responsável pela geração de emprego e renda.

Hoje você vai conhecer um pouco da história dos batonzeiros de Monsenhor Hipólito e como surgiu a comercialização no município.

A comercialização de batons na cidade surgiu entre os anos de 2006 e 2007 quando o diarista Mário Michelim, atual vereador, viajava para o Paraguai e decidiu investir na atividade.

“Eu sempre trabalhei no crediário vendendo panela, redes, essas coisas, sempre trabalhei como sacoleiro e aí eu vi que o batom importado dava certo e comecei a trazer e deixar o kit de batons para as sacoleiras. Daí elas ganhavam um brinde com a base de 30% do lucro. Comecei desse jeito”, contou.

Monsenhor Hipólito tem cerca de 200 comerciantes, batonzeiros atuantes. “Só meu cunhado tem 30 carros viajando fazendo vendas”, completou Mário.

O comércio de cosméticos já é considerado tradição que vem passando de geração para geração. Nos dias atuais além de alguns veteranos também estão jovens com faixa etária de 20, 25, e 30 anos que fazem do comércio de batons suas fontes de renda.

A estimativa da circulação monetária em todo território hipolitano chega entre 60 e 80%.

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Na data de 27 de julho é comemorado em Monsenhor Hipólito o Dia do Batonzeiro, através de Lei Municipal instituída por meio do Projeto de Lei de autoria do vereador Diógenes Policarpo aprovado entre os anos de 2012 e 2014.

Norte e Nordeste são regiões que recebem os cosméticos para comercialização oriundos de Monsenhor Hipólito.

No município, entre outras empresas existe a distribuidora Nenga Cosméticos, Chandelle Cosm´éticos, Ponto do Batom, Macedo e Macedo Cosméticos e Rub Rose.

Kempson Marcarenhas, filho de Mário, seguiu investindo no comércio de batons e outros produtos de beleza. Há 10 anos no ramo, o proprietário da Chandelle Cosméticos revende para os estados do Norte e Nordeste e chega até Minas Gerais. Ele possui 12 equipes com média de quatro pessoas. Além do Piauí, Kempson possui distribuidora no Ceará e Pará.

A venda de cosméticos em geral de Monsenhor Hipólito gera emprego e renda para aproximadamente 800 pessoas.

“O comércio aqui depende muito dessa atividade. Esses kits são formas das donas de casa pegarem e fazer uma renda extra, ou seja, elas vendem e ganham uma comissão em cima disso. O negócio é bom”, destaca.

Aproximadamente 400 kits são transportados em cada veículo, de acordo com Kempson.

Mensalmente em média a venda dos produtos de beleza gera cerca R$ 1,5 milhão de reais, montante que abrange todos os distribuidores do município.

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Samuel Sousa é batonzeiro há cerca de 13 anos. Atua em Monsenhor Hipólito com a distribuidora e na cidade Juazeiro do Norte, no Ceará, com uma loja física.

“Eu comecei como batonzeiro em 2009 batendo de porta em porta. Em 2013 montei o depósito com apoio do finado Lequinha – que trazia mercadoria de São Paulo – e em seguida comecei a viajar para São Paulo buscando novos fornecedores”.  

Desde 2015 Samuel trabalha apenas com seu depósito vendendo sua mercadoria para outros batonzeiros de Monsenhor Hipólito e da região. “Hoje eu vendo a mercadoria aqui em Monsenhor à pronta entrega a toda comunidade batonzeira, tanto no município de Monsenhor Hipólito como microrregião e desde 2020 estou atendendo também em Juazeiro do Norte”, explica.

A empresa de Samuel Sousa chama-se Ponto do Batom. Ele criou sua própria marca no ano de 2020 intitulada “Audácia Make Up” e hoje conta com todos os itens de maquiagem e cosméticos.

Apesar disso, ele afirma que o grande sucesso ainda são os batons. “100% hoje da minha renda é na venda de cosméticos, sendo que dentro da linha de cosméticos 70% é só o batom. Os outros 30% fica variando nos outros produtos”.

Apesar do sucesso nas vendas, o empresário disse que foi difícil construir seu próprio negócio por conta da concorrência.

“As marcas grandes não permitem. Existe uma barreira de entrada muito grande. Tive a ajuda de um fornecedor de São Paulo que é proprietário de uma fábrica, que me deu a mão e começamos esta parceria que vem dando certo”.

Samuel ainda relata as dificuldades sofridas com a chegada da pandemia e por isso precisou se reinventar. “Lá em Juazeiro eu abri uma loja física de varejo, mas com a pandemia foi necessário fechar e agora estamos com um novo projeto de uma filial da distribuidora daqui nos mesmos moldes para atender batonzeiros, sacoleiros e viajantes”.

Macedo e Macedo Cosméticos de propriedade de Glauber Macedo foi criada em 2019 e conta com 10 equipes compostas por quatro pessoas viajando estados do Norte e Nordeste do Brasil. A empresa é representante da Labelle.

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O empresário conta que a maior parte da fonte de renda é oriunda da comercialização de cosméticos.

Comemoração ao Dia do Batonzeiro

Nesta quarta-feira, 27 de julho, haverá shows musicais alusivos ao Dia do Batonzeiro, que integra a programação de aniversário de 65 anos de emancipação política de Monsenhor Hipólito. As festividades comemorativas acontecem desde o dia 17 e são promovidas pela gestão “Servir ao povo” do prefeito Djalma Policarpo e da vice-prefeita Cleydiana Bezerra.


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Leodynei Melo é gerente da empresa Nenga Cosméticos de propriedade de Edinilton Antônio da Silva, uma das pioneiras do ramo, que atualmente trabalha com a marca Arovida. São 20 equipes distribuindo para a macrorregião e os estados do Ceará e Maranhão, entre outros.

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“O batom hoje é uma forma de crediário. O batom a gente passa deixando para as mulheres revenderem que também serve como fonte de renda no ganho de comissão ou brindes”, destaca.

Alan Cosméticos empreende no ramo há 15 anos. Ele conta que é a principal fonte de renda do município.

“É a renda da cidade. O batom pra mim é tudo. Aqui é 80%”.

A venda de batom e demais produtos oriundos de Monsenhor Hipólito aquece a economia de municípios vizinhos como Campo Grande do Piauí, Francisco Santos e Alagoinha do Piauí.

Na atividade há 12 anos Laendes Santos que reside na vizinha cidade de Francisco Santos destaca que a venda de batons transformou muitos municípios.

“Tem a cidade antes e depois dos batons. Após os batons virou outra cidade: rica, movimentada. Acho que 80% da economia é referente aos batonzeiros. Se acabar hoje a cidade volta a uns 15 anos atrás”, conta.

Denyel José também da cidade de Francisco Santos trabalha há 6 anos com a venda de batons e maquiagem. Ele faz rotas em diversos estados como Pará, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Goiás.

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“A gente passa de 20, 30 dias fora, 40 dias. Aí depois a gente retorna e passa 07 dias em casa, 10, depois vai pra outro estado”.

Veja alguns produtos das distribuidoras Ponto do Batom e Nenga Cosméticos em Monsenhor Hipólito.

NENGA COSMÉTICOS

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