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POLÍTICA

Com crise no PMDB, estratégia de Wilson Martins foi para o espaço. Veja!

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[ad#336×280]Com fama de estrategista de primeira linha, o ex-governador Wilson Martins, pré-candidato do PSB ao Senado, tinha traçado em sua mente – e na de seus companheiros mais próximos –, de forma detalhada, todo o tabuleiro do processo político no Piauí. Mesmo antes de sua eleição, como governador, em 2010, Wilson Martins já articulava um desenho de poder que excluía o PT das posições mais importantes. Herdeiro e mantenedor da velha mentalidade elitista, travestido de socialista, comandante do PSB, ele manobrou intensamente nesse sentido.

Ao dividir o PMDB, impondo a pré-candidatura do deputado federal Marcelo Castro (PMDB) a governador, a três meses do fim de seu mandato, Wilson Martins, em sua estratégia, desacreditou do então vice-governador Antônio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho. Para ele, Zé Filho não reunia condições de disputar e vencer as eleições, contra o senador Wellington Dias (PT), também pré-candidato a governador. Por isso, sacou Marcelo Castro da manga, e bancou, inicialmente, sua pré-candidatura.

Pelos cálculos de Wilson Martins, ao lançar o deputado como pré-candidato ao Karnak, apontando-o como governador, a partir de 2015, dentro de ampla composição de forças que agregavam grande número de partidos, o voto da população viria por gravitação. Contando ainda com mais de 20 deputados estaduais, a maioria da bancada na Câmara dos Deputados, a máquina do governo e a aliança com o PSDB de Firmino Filho e Sílvio Mendes, prefeito e ex-prefeito de Teresina, respectivamente, a vitória seria uma questão de tempo. Errou Wilson Martins.

Reflexões sobre poder

Baseado na máxima de que tudo parte do poder e retorna a ele, não importava a Wilson Martins se seu sucessor, Zé Filho, governador de mandato tampão, sentiria desprestigiado, humilhado ou frustrado, por ter sido preterido como candidato ao Governo do Estado. O andar da carruagem aparentemente invencível faria com que Zé Filho aceitasse sua condição de coadjuvante, a exemplo de Guilherme Melo, em 1994, e Bona Medeiros, em 1986. Estava tudo perfeito, mas Wilson Martins se esqueceu de que o poder emana do povo, e em seu nome deve ser exercido.

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Com as pesquisas mostrando que Marcelo Castro não emplacaria, Zé Filho levou seu plano à frente, minando a pré-candidatura do correligionário e provocando um desgaste que prejudicou qualquer alternativa apresentada pelo governo. Wilson terminou por desagradar Marcelo Castro e Zé Filho ao mesmo tempo. Ambos o veem como maior responsável por todos os atuais problemas. Marcelo, por achar que o ex-governador fez corpo mole quanto à pré-candidatura; e Zé Filho, por entender que Wilson o traiu e humilhou. A estratégia foi para o espaço.

Fonte: Capital Teresina

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