Greve dos bancários chega ao 8º dia e caixas já registram falta de dinheiro

A greve dos bancários em todo país chega ao oitavo dia nesta terça-feira (13) e no Piauí o movimento já conseguiu adesão de 100% das agências, segundo o Sindicato dos Bancários. Diante deste cenário, o que não falta é reclamação dos clientes que buscam pelos serviços. Em alguns terminais de autoatendimento não há mais dinheiro e envelopes para depósitos.

O vigilante Mariano de Sousa é um dos clientes prejudicados com a paralisação. Ele relatou que fez um pagamento através de um depósito em cheque, mas o banco não reconheceu sua assinatura e o cheque foi devolvido.

“O banco me enviou um comunicado para que eu fosse à agência reconhecer a assiantura, mas ao chegar não fui atendido. Agora estou com essa conta em atraso e tem mais um cheque referente ao meu salário que não consigo descontar. O que me disseram foi que minha situação só pode ser resolvida quando a greve retornar”, contou.

Para a aposentada Maria de Lourdes a situação também está complicada. Ela bloqueou o cartão usado para receber seu benefício. “Não sei mais o que fazer, tenho contas para pagar, meus remédios para comprar, mas eles me disseram que não podem fazer nada. Não sei por quanto tempo vou consegui ficar nessa situação. Pois não se sabe quando essa greve acaba”, disse.

O Sindicato dos Bancários do Piauí lamentou diante das reclamações dos clientes, mas informou que a greve só acabará quando os banqueiros negociarem com a categoria. “Eles nos ofereceram uma proposta de reajuste de 5,5% e um abono de R$ 2,5 mil. Isso é imoral”, afirmou o presidente do sindicato Arimateia Passos, que garantiu que 30% dos serviços foram mantidos.

Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Fenabran), os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

De acordo com o sindicato em algumas agências está faltando dinheiro e os depósitos não estão sendo realizados. “Isso é normal quando está em greve, mas os 30% dos serviços estão sendo realizados”, disse o presidente do sindicato.

Os bancários estão parados desde o dia 6 de outubro.A categoria reinvindica um reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e a Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, além de vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada.

 

G1