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Mais de 90% dos municípios do Piauí não notificam Sesapi sobre casos de dengue
Mais de 90% dos municípios piauienses estão sem notificar a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) sobre os casos de dengue registrados em 2022. A informação é da coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, que destaca que a subnotificação prejudica o combate à doença no Piauí.
Atualmente, a secretaria investiga 7 mortes por dengue. Duas já foram confirmadas e cinco estão sob suspeita.
Segundo Amélia Costa, o Piaui tem 4.617 casos prováveis de dengue e 2.511 confirmados.
“Isso é o que estamos conseguindo identificar,porque a gente só identifica quando os municípios notificam no sistema. A gente ainda não conhece a realidade”, destacou Amélia Costa.
Ainda segundo da coordenadora, pelo menos 41 municípios estão com alto risco de dengue no Piaui. “Sabemos que nosso crescimento foi muito alto. Temos mais de 500% de crescimento”, acrescentou Amélia Costa.
A coordenadora de epidemiologia da Sesapi afirmou ainda que a secretaria tem incentivado os municípios a fazerem o levantamento da infestação do mosquito aedes aegypti. Porque, somente assim, a Sesapi poderá catalogar as cidades com alto, médio ou baixo risco de dengue.
“Estamos no período chuvoso e a dengue se exacerba. Todo ano acontece a dengue, mas de dois em dois anos tem uma elevação maior. E esse é um desses anos do pico da dengue”, alertou Amélia Costa.
População precisa estar atenta
Outro fator destacado pela coordenadora de epidemiologia da Sesapi é quanto ao papel da comunidade na prevenção da dengue. É preciso que os piauienses estejam atentos à limpeza de suas residências.
“Esgotar criadouros é responsabilidade sua. Não vamos deixar ser preciso que os agentes entrem na sua casa para fazer a limpeza. Quem tem terreno baldio também precisa fazer uma limpeza. Porque até uma tampa de garrafa cria-se um criadouro”, frisou Amélia Costa.
Simplício Mendes, São Pedro do Piauí, Alagoinha, Oeiras e Picos foram algumas das cidades onde a Sesapi tem registrado um aumento de casos de dengue de forma significativa. Porém, Simplício Mendes tem chamado mais atenção. “O crescimento lá está exacerbado”, completou Amélia Costa.
Além do carro fumacê, usado em Teresina contra o mosquito aedes aegypti, a Sesapi diz que há uma pastilha que o Ministério da Saúde envia às secretarias estaduais que por sua vez encaminham aos municípios.
Essas pastilhas servem para proteger por até dois meses um foco de mosquito da dengue, para que as larvas não circulem.
Fonte: Cidade verde
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