POLÍCIA
Ex-companheiras denunciam agressões de PM suspeito de matar Camilla Abreu
Três mulheres buscaram a polícia para denunciar agressões praticada pelo capitão da PM suspeito de matar a namorada Camilla Abreu, de 21 anos. Duas delas já prestaram depoimento e a terceira, ex-mulher do oficial, ainda deve falar à polícia. A delegacia de homicídios apura ainda uma tentativa de homicídio por parte do policial militar contra um amigo da estudante.
O coordenador da delegacia de homicídios, Francisco Baretta, explicou que as três mulheres procuraram a unidade depois da morte da estudante Camilla Abreu para informar casos de violência por parte do policial militar. “Duas das mulheres já prestaram depoimento. Elas colaboraram para mostrar o histórico dele de agressões às mulheres com violência. É um homem muito violento”, pontuou o delegado.
Baretta disse ainda que uma das mulheres já foi casada com o policial militar, mas não entrou em detalhes a respeito do depoimento dela. Disse apenas que se tratava de uma declaração diferente das outras duas mulheres.
Tentativa de homicídio
A Polícia Civil colhe ainda informações a respeito de uma tentativa de homicídio por parte do policial contra um amigo da estudante. “Foi em um restaurante do Morada Nova. Um amigo dela chegou e cumprimentou ela. Ao dar um beijo no rosto com cordialidade o policial arrancou a arma e deu três tiros no carro do rapaz”, relatou Francisco Baretta.
Para o delegado, todos os casos mostram o perfil do policial militar e colaboram para consolidar as conclusões sobre o feminicídio de Camilla Abreu. “A gente está pegando os depoimentos para mostrar o perfil deste indivíduo para evitar a tese de um crime acidental”, disse Baretta acrescentando que houve destruição de provas e ocultação de cadáver.
Desaparecimento
A jovem desapareceu na madrugada de quinta-feira (26). Segundo a polícia, na noite anterior ela e o namorado se encontraram na faculdade onde ela estudava e saíram para um bar com uma amiga. Depois de deixar a amiga em casa, no Vale do Gavião, os dois ficaram sozinhos e Camilla não foi mais vista.
Após cinco dias de buscas o corpo da jovem foi encontrado na saída de Teresina, depois que o suspeito apontou o local onde havia deixado a namorada morta. Dias antes, próximo ao local, o celular da jovem foi encontrado. Ele alegou, segundo a polícia, que Camilla morreu com umtiro acidental no rosto, mas a polícia questiona a versão. Ele foi preso nessa terça-feira (31) e permanecerá recolhido por 30 dias.
Uma missa de corpo presente e o sepultamento da estudante aconteceu nesta quarta-feira (1º) no cemitério São Judas Tadeu, Zona Leste. A cerimônia foi marcada por pedidos de justiça e muita comoção de amigos e familiares.
Fonte: G1
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