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Especialista em imunização crê que vacina contra covid-19 não fica pronta antes de um ano

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O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, participou de videochamada para a TV Cidade Verde sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. O especialista explica que a pandemia faz “apressar” os passos para  desenvolver doses contra a covid-19, mas acredita que a vacina contra a doença não deve ficar pronta antes de um ano.

“Essas vacinas que a gente utiliza no programa nacional de imunizações são vacinas que levaram entre 10 a 15 anos de pesquisa até ser comprovado que eram seguras e eficazes. Diante de uma situação de pandemia tudo é mais rápido, mas a expectativa é que não se tenha vacina antes de um ou dois anos. A gente nem sabe como vai estar a pandemia até lá, mas existem mais de 70 vacinas em pesquisa. A pandemia faz apressar esses passos, mas por mais rápido que isso aconteça não se consegue ter vacina antes de um ou dois anos”, disse Juarez Cunha.

À TV Cidade Verde, o médico discutiu também sobre outros assuntos relações a imunização. Ele explicou  a importância de manter o calendário vacinal de rotina durante a pandemia do novo coronavírus.

“Isso é uma preocupação mundial. A covid-19 atrapalhou tudo isso e a prioridade é salvar vidas. Ao mesmo tempo não podemos esquecer as vacinas de rotina porque elas também salvam vidas. Temos como exemplo o sarampo que estava controlado, mas houve o retorno e agora em 2020 temos quase 1 mil casos com quatro óbitos. É uma doença altamente contagiosa e que a gente tem uma vacina segura, gratuita e eficaz”, alerta o médico.

Sobre a manutenção das vacinas de rotina, Juarez Cunha diz que deve ser levado em consideração a situação epidemiológica de cada estado.

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“Tudo depende da situação epidemiológica do local. No Piauí temos 217 casos confirmados com 15 óbitos. Temos várias cidades que ainda não têm registro de covid e essas cidades devem manter a vacinação de rotina. Mesmo aquelas que têm é utilizar estratégias diferentes de vacina, como vacinar em domicílio, vacinação de rotinas em escolas que estão vazias. Existem estratégias interessantes […] temos que estimular a vacinação de rotina porque as outras doenças estão por aí”, defende o médico.

Em vídeo chamada do Rio Grande do Sul, o especialista disse ainda que chama a atenção a procura por doses da vacina contra a gripe e acredita que o medo do novo coronavírus fez com que a população fizesse uma verdadeira corrida aos postos de saúde.

 

Fonte: Cidade Verde

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