POLÍTICA
Júlio César vai pedir ao Governo ajuda para empresários do NE
Empresários dos setores de construção civil, cerâmica, ferro e metal reuniram-se nesta sexta-feira (28) com o deputado federal Júlio César (PSD) e com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), Zé Filho, para discutir alternativas que possibilitem o reaquecimento desses setores no estado.
Os empresários também buscam um canal de diálogo com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para a renegociação de dívidas de financiamentos realizados junto à instituição.
O diretor da Associação Industrial do Piauí (AIP), Joaquim Costa, citou que os empresários piauienses experimentam um momento de extrema dificuldade, reflexo do baixo crescimento da economia do país nos últimos anos – 2017, 2018 e início de 2019, período que foi precedido por dois anos de recessão (2015 e 2016).
“É uma crise sem precedentes, que atinge principalmente quem fez financiamento, porque o consumo e a produção caíram, e [quem tomou os empréstimos] não consegue pagar suas parcelas. O pior é que não temos perspectivas de retomada [do crescimento da economia] nem dos empregos. Demitimos pelo menos metade dos postos de trabalho para podermos sobreviver. A construção civil carrega uma cadeia produtiva e está parada”, alertou Joaquim Costa.
O deputado Júlio César, que é coordenador da bancada do Nordeste, colocou-se à disposição para ajudar, intervindo junto ao Governo Federal.
“Já conseguimos leis para renegociar dívidas do Piauí e Nordeste por dificuldades climáticas. Agora estamos vendo como ajudar o comércio e a indústria. Um caminho seria uma medida provisória, que será proposta ao ministro [Paulo] Guedes e ao presidente Bolsonaro, visando ajudar o Nordeste neste momento difícil”, afirmou Júlio César.
Ainda na reunião, o deputado ligou para o presidente do BNB, Romildo Rolim, para agendar uma reunião com representantes dos empresários.
O presidente da Fiepi ressaltou que o auxílio às empresas é essencial para que a economia local volte a crescer, possibilitando a geração de emprego e renda. “Tanto o setor das cerâmicas quanto das construtoras estão bastante preocupados. No caso das cerâmicas, várias estão com atividade reduzida e até fechando as portas, por conta da falta de investimentos na economia do país e, agora, por conta das dívidas de financiamentos”, ponderou Zé Filho.
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