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Baixa umidade no Piauí chega ao nível de alerta com risco de incêndios florestais e à saúde; saiba como se proteger
No Sul do Piauí, 153 cidades enfrentam dois alertas: amarelo (perigo potencial) e laranja (perigo). Nessa área, a umidade relativa do ar deverá variar entre 20% e 12%, sendo a mesma que ocorre em regiões desérticas. Em outros 66 municípios a umidade relativa do ar deverá variar entre 30% e 20%.
Baixa umidade no Piauí chega ao nível de alerta com risco de incêndios florestais e à saúde — Foto: SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
A baixa umidade no Piauí chegou, mais uma vez, ao nível de alerta nesta sexta-feira (20). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mais de 200 municípios deverão sentir, em maior ou menor proporção, o fenômeno que dura até o período da noite, podendo afetar diretamente a saúde da população, além de trazer risco de incêndios florestais.
No sul do estado, 153 cidades enfrentam dois alertas: amarelo (perigo potencial) e laranja (perigo). Nessa área, a umidade relativa do ar deverá variar entre 20% e 12%, sendo a mesma que ocorre em regiões desérticas. O Inmet alertou para o risco à saúde, pois a umidade muito baixa (menos que 30%), pode agravar alergias, sinusites, asma e outras doenças.
Em outros 66 municípios, dentre eles a capital, Teresina, a umidade relativa do ar deverá variar entre 30% e 20%. Entre as orientações oferecidas pelo Inmet, no boletim de situação meteorológica crítica, estão:
- Ingerir bastante líquido;
- Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia;
- Usar hidratante para pele;
- Umidificar o ambiente.
É possível morrer de calor?
Em entrevista ao g1, o doutor em fisiopatologia, área da medicina que estuda funções anormais ou patológicas de órgãos e aparelhos do organismo, Ginivaldo Victor, falou sobre se é possível morrer de calor:
“Sim. A exposição prolongada ou excessiva a ambientes quentes, sem hidratação adequada ou combinada com esforço físico de alta intensidade, como quem pratica esporte ou faz trabalho braçal, pode levar a uma condição conhecida como hipertermia”, explicou.
O médico ressaltou que esse é um cenário extremo, de calor e de esforço físico muito intenso, mas, no contexto habitual da população, durante esse período de altas temperaturas, também é comum haver casos de desidratação.
“Pode acontecer sintomas como fraqueza, moleza, sonolência, falta de apetite, náuseas, vômitos e tonturas. Em cenários mais graves, o coração acelera, a frequência respiratória aumenta e, eventualmente, pode evoluir para um colapso, em que a pessoa desmaia ou entra em coma”, afirmou.
Cuidados
O médico Ginivaldo Victor ressaltou que alguns cuidados são importantes para enfrentar esse período.
“O principal é a hidratação. É importante estar bem hidratado, com urina clara, que é um sinal de que a quantidade de água está adequada”, alertou.
Veja algumas dicas:
- Fazer a ingestão de bastante líquido (água e suco);
- Suspender exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados; e
- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.
“Se for ficar exposto ao sol, utilizar proteção solar, chapéu ou boné, procurar uma sombra eventualmente. É fundamental procurar fazer uma alimentação leve, com utilização de frutas, para atingir uma quantidade adequada de líquidos no corpo”, completou o médico.
Fonte: G1 Piauí
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