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Moradores sofrem com falta de abastecimento de água no interior de Padre Marcos

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Moradores do povoado Riacho do Padre, zona rural do município de Padre Marcos estão sofrendo com a falta de abastecimento de água, que é de responsabilidade da Agespisa. Conforme relatos, o problema é antigo e todo ano no período de seca a população fica sem abastecimento.

Os moradores denunciam que a falta de abastecimento afeta a comunidade, há cerca de cinco meses. O populoso povoado Riacho do Padre, situado a cerca de 4 km da cidade de Padre Marcos, tem aproximadamente 500 famílias nessa situação que tem provocado transtornos à população pela ausência do recurso natural.

O povoado é abastecido pela adutora da barragem do Estreito, também responsável pelo abastecimento da cidade de Padre Marcos. Segundo os moradores, a barragem tem um grande volume de água e o problema está na rede distribuição, que é antiga, situação que a Agespisa não busca resolver.

A população do povoado, também denuncia, que além da falta de água, ainda tem que pagar a conta de água, cobrada pela empresa, mensalmente, mesmo sem o precioso líquido está chegando as torneiras das residências do Riacho do Padre.

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Atualmente, a água da adutora da Barragem do Estreito, que está com mais de 90% de sua capacidade, tem chegado somente a 30% das residências do Riacho do Padre, que tem mais de mil habitantes.

A reportagem do portal Cidade na Net, esteve no povoado na manhã desta terça-feira, 03 de outubro, acompanhando a situação vivenciada diariamente, nesse período seco do ano, pelos moradores locais.

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Logo na chegada do povoado, nos deparamos com o morador Alexandre Alcides, que estava tentando captar água na torneira com uma mangueira para uma construção. “Estou desde manhã cedo, ‘pelejando’ para pegar água, mas está muito fraca. Tem sido assim todos os dias, isso quando tem água”, afirmou.

Edmilson João da Silva, que reside na Rua Maria Hortência, relatou que já chegou a ficar dois meses sem água sem abastecimento em sua casa. “Água aqui é difícil, não tem nem para beber e banhar, o talão chega todo mês para pagar, mas água não tem, já passou até dois meses sem vir água na minha casa”, explicou.

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Edmilson disse que a situação não é pior, porque a Prefeitura tem abastecido por meio de carro pipa. “A gente só tem água nesse tempo, porque o prefeito manda o carro pipa abastecer as cisternas comunitárias, ai a gente pega água, se dependesse da empresa responsável a gente já tinha morrido”, desabafou o morador.

O pastor da Assembleia de Deus, Djailton Santos, afirmou que o problema da falta de água no povoado, nesse período de seca é bem antigo. “A falta de água no povoado nesse período se arrasta há muitos anos, temos procurado formas de solucionar, mas vem piorando mais a cada ano. A empresa responsável não tem cumprindo seu papel, todo dever gera direito, temos cumprido o dever de pagar a conta de água, mas a empresa não tem cumprindo com a sua obrigação de fornecer o abastecimento de água”.

“É um grande transtorno em nosso povoado, as famílias não têm água nas torneiras de suas casas para seus afazeres diários, passa dois, três dias sem vir água na minha rua, já ficou até uma semana sem abastecimento, e queremos que a empresa venha melhorar nosso abastecimento. A nossa comunidade e as autoridades locais tem se mobilizado para resolver a situação, mas até agora não tem obtido respostas da Agespisa”, acrescentou o pastor.

Antônio Aristomenes Pedrosa, mas conhecido como seu Antônio, relatou que passa a noite conferindo se vem água na torneira. “A situação aqui é difícil, pagar uma conta de água cara, sem receber essa água, além disso passo a noite acordado, esperando água chegar na torneira e quando vem é fraca, passa 40 minutos para encher um balde de 10 litros. Eu queria que resolvesse isso ai, porque a gente pago caro e não tem”, disse.

Segundo seu Antônio no mês de agosto, passou 22 dias sem água em sua casa da rede de abastecimento e a conta veio no valor de R$ 110 reais. “Desde o mês de maio, que a água não sobe para a caixa, quando tem é só na torneira, a gente fica aparando de balde. Já ficou mais de mês sem vir água, em agosto paguei mais de 100 reais por uma água que não consumi, e ainda tive que pagar um carro para trazer água do poço de um amigo, porque não tem como viver sem água, pois o carro pipa, as vezes, não dá conta de abastecer para todo mundo. Então a gente quer uma solução por parte da empresa”, cobrou.

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Ainda segundo o morador, tem sido muitas as dificuldades devido a falta de água, tanto para o consumo humano, como para a criação de animais.

Em entrevista, o prefeito de Padre Marcos, José Valdinar da Silva, afirmou que o abastecimento é de responsabilidade da Agespisa, mas o munícipio tem se mobilizado para tentar resolver o problema.

Valdinar enfatizou que o povoado, abastecido pela Agespisa, enfrenta há muitos anos dificuldades no abastecimento de água no período de seca, problema que tem se agravado com o crescimento do povoado.

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“O problema que já existia, vem se agravando, porque o povoado cresceu e o sistema de abastecimento que é muito antigo não atende a demanda do Riacho do Padre. A rede de abastecimento é por gravidade e a caixa é pequena, por isso só está chegando água nas casas que ficam em ruas mais rebaixadas, em ruas mais altas ela não chega. Então a população na sua maioria está sem abastecimento, além disso os moradores estão pagando por uma água, que eles não tem, ou seja é uma gritante, que precisa ser resolvido”, pontuou.

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Segundo Valdinar para amenizar o problema, a Prefeitura está abastecendo o povoado com carro pipa, enquanto busca uma solução para o problema. “O povoado tem cisternas comunitárias que estamos abastecendo com carro pipa. Já procuramos a Agespisa parar resolver, mas até agora não obtivemos nenhum posicionamento por parte da empresa. Então conseguimos uma agenda com o deputado Georgiano para a próxima quinta-feira, onde teremos uma audiência com o presidente da Agespisa, quando vamos reivindicar uma solução para problema de abastecimento do povoado”.

O gestor destacou que a Prefeitura quer ser parceira da Agespisa para ajudar a resolver o problema do abastecimento de água do povoado, informando ainda que a população já fez um baixo assinado, também foram protocolados três ofícios na Agespisa e a Prefeitura e a Câmara Municipal, estão se mobilizando na tentativa de resolver o problema.

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