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Polícia registra mais de 80 casos de stalking por mês no Piauí; alvo são mulheres no Instagram

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Casos de vítimas de stalking, como da modelo Rayanne Adorno e da jornalista Nathália Carvalho, têm sido cada vez mais recorrentes no Piauí. O estado registra cerca de 86 casos por mês, segundo dado divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, em 2022.

A prática do stalking consiste em perseguir alguém repetidas vezes e por qualquer meio, seja digital ou físico, ameaçando sua integridade física ou psicológica. De acordo com o Código Penal, stalkear alguém dessa maneira é crime com penas que variam de seis meses a dois anos de prisão em regime fechado, além de multa. As vítimas mais atingidas pelo crime são mulheres e a rede social Instagram é a preferida dos criminosos.

Casos de Stalking estão cada vez mais comum e mulheres no Instagram são os maiores alvos (Foto: Reprodução redes sociais)

No Piauí, a prática criminosa têm crescido cada vez mais e sendo alvo das forças policiais. Os criminosos muitas vezes utilizam de contas falsas para perseguir as vítimas nas redes sociais com mensagens ofensivas que podem ser seguidas de ameaças. Segundo estes mesmos dados da Polícia Civil do Piauí, mulheres que costumam postar muitas fotos de si, mesmo que não seja de biquíni, são alvos destes acusados.

A cada uma hora o Brasil registra mais de três casos de ‘stalking’, segundo um levantamento inédito divulgado no Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O crime de stalking  foi sancionado ainda em 2021. Segundo o texto da lei, é definido como ‘stalking’ ou perseguição reiterada, por qualquer meio, como a internet (cyberstalking), que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima. O ato criminoso está previsto no Art. 147-A do Código Penal e foi instituído pela Lei 14.132/2021 A pena pode chegar até 3 anos de prisão. O autor pode pegar de 6 meses a 2 anos de prisão, mas pode ser ampliada com agravantes, quando o ato é cometido contra mulheres.

CASO RAYANNE ADORNO

Em 2019, Rayanne Adorno denunciou seu ex-namorado, o francês Roy Malik Tony, por difamação e racismo. Em suas redes sociais a modelo chegou a relatar que Malik mandava mensagens para outras pessoas afirmando que ela o havia traído durante o relacionamento. Com o passar do tempo a perseguição foi ficando cada vez mais intensa chegando à ofensas racistas.

“Ele começou a mandar mensagens para as pessoas me difamando. Começou inventar história que eu tinha traído ele, falando mal, dizendo que foi enganado por uma brasileira. E as mensagens foram ficando cada vez mais agressivas. Até chegar a um ponto que ele começou a usar mensagens racistas”, relata.

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A primeira denúncia feita pela modelo foi em Budapeste, na Hungria, onde vivia com o agressor. Após serem ouvidos pela polícia do local, Malik disse que a deixaria em paz, mas não cumpriu com a palavra. Rayanne retornou ao Brasil para fugir das ameaças e ele veio imediatamente depois da sua chegada. Mas não cumpriu com a palavra. Em março deste ano o francês de 47 anos, foi preso em Santa Catarina.

Roy Malik Tony perseguiu Rayanne Adorno (Fotos: Reprodução)

DECISÃO RECENTE: PROIBIDO DE USAR REDES SOCIAIS

Em outubro deste ano, a Justiça decretou a prisão preventiva de Roy Malik Tony por descumprimento de medidas protetivas do acusado contra Rayane.

O francês havia sido solto. Contudo, o acusado teria voltado a enviar mensagens com conteúdos difamatórios contra Rayanne e para outras pessoas que ela conhecia.  O francês chegou a seguir e fazer comentários nas redes sociais de pessoas próximas à modelo. A Justiça determinou a prorrogação das medidas protetivas já concedidas a favor de Rayanne e ainda a proibição do acusado em utilizar as redes sociais.

CASO DE STALKING E JORNALISTAS E INFLUENCERS

Em maio desse ano, Erisvaldo Caique da Silva de 20 anos, foi preso após perseguir e importunar pela internet diversas mulheres, entre elas jornalistas e influencers de Teresina. Uma das vítimas, a jornalista da TV Antena 10, Natália Carvalho relatou ao OitoMeia que diversas vezes recebia mensagens invasivas e chegou até a ser ameaçada de estupro.

“Eu tinha recebido uma fotografia de uma genitália no meu Instagram pessoal. Ele fazia print das minhas fotos e cortava só a parte da minha bunda, do meu peito, só algumas partes bem sexistas me erotizando demais. Em um de seus diálogos ele me ameaçou até de estupro”, relata.

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Fonte: Portal Oito Meia

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