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Justiça nega soltura para Arimateia Azevedo, que segue preso na Irmão Guido por extorsão
O jornalista Arimateia Azevedo, preso há exatos 20 dias na penitenciária Irmão Guido, localizada em trecho da BR 316, na zona rural de Teresina, não conseguiu, pela segunda vez consecutiva, habeas corpus pedido pelos seus advogados de defesa.
O desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o pedido de liberdade para Arimateia Azevedo. Segundo os advogados de defesa do jornalista, o argumento era o de que sua prisão foi baseada em uma ação sem provas.
Assinada pelo juiz de Direito Coordenador da Central de Inquéritos de Teresina Valdemir Ferreira Santos, a decisão que culminou com a prisão do jornalista, assinada no dia 5 de outubro e cumprida no dia 7, seguiu uma investigação sobre crime de extorsão. É a segunda vez que este tipo de acusação levou Arimateia à prisão.
A investigação se deu na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, em Teresina, após denúncia apresentada pelo empresário Thiago Gomes Duarte, dono da Distribuidora de Medicamentos “Saúde e Vida”, e seu funcionário, Lamarque D Lavor Santana de Almeida Rocha. O empresário disse em seu depoimento na delegacia que o jornalista divulgou matérias “atacando a honra” de sua empresa.
Segundo ele, em maio deste ano Arimateia Azevedo postou em sua coluna no Portal Az diversas notas insinuando irregularidades em um processo de pagamento à distribuidora de medicamentos. De acordo com a denúncia, o empresário recebeu mensagens enviadas pelo advogado Rony Samuel, através do funcionário Lamarck. Segundo Thiago, ele estava tentando lhe “extorquir”, para que Arimateia parasse de divulgar informações contra sua empresa, mesmo tendo recebido o pagamento de maneira correta, lícita.
O empresário reuniu provas suficientes e levou tudo para conhecimento dos policiais através da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. Durante a investigação, a Polícia então passou a monitorar as diversas mensagens de texto e ligações trocadas entre as partes. Numa conversa enviada por Rony Samuel, atuando por Arimateia, Lamarque recebeu uma mensagem que dizia: “Se não pagar, vai ser uma nota por dia, até a sexta-feira”. Para o juiz, isso demonstra “uma clara clara ameaça e poder de influência nas notas divulgadas no seu site, o Portal Az.
Em sua decisão de não permitir a soltura de Arimatéa, o desembargador Joaquim Dias de Santana Filho considerou que não é a primeira vez que Arimatéa Azevedo é preso por crime de extorsão. Para o magistrado, os indícios são muito fortes e suficientes para mantê-lo preso. Para a Justiça, o jornalista pode ser novamente solto e cometer o mesmo crime. Em junho do ano passado ele já havia sido preso acusado de extorquir o médico Alexandre Andrade de Sousa. Esta foi a terceira vez que Arimatéa Azevedo é preso. Ele já havia sido preso no ano de 2005, acusado de coagir a advogada Audrey Martins Magalhães.
Fonte : Oito Meia
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