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Piauí perdeu 2.275 empregos com carteira assinada em 2015

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O Estado do Piauí perdeu 2.275 empregos com carteira assinada em 2015, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O declínio representa 0,76% dos postos de trabalho e teve como causa principal o desempenho negativo de setores estratégicos como a Construção Civil (-9.529 postos) e Indústria de Transformação (-1.682 postos). Esta é a primeira vez, desde 2003, que o Piauí encerra o ano com saldo negativo na geração de empregos.

Somente em dezembro, verificou-se o declínio de 3.252 vagas no nível de emprego. Esse número refere-se ao saldo de demissões que foi superior ao saldo de admissões. Foram 6.294 postos de trabalho preenchidos contra 9.546 desligamentos. O nível de emprego no final de dezembro foi -1,09%.

De acordo com o CAGED, o contribuíram para que o período fosse considerado crítico a entressafra agrícola, as férias escolares, a chegada do período chuvoso e o término das festas de fim de ano. Esses fatores atingiram em cheio todos os setores da economia, com destaque novamente para a Construção Civil, que perdeu 1.296 postos de trabalho, a Indústria de Transformação, que perdeu -1.282 postos, e a Agropecuária, com reduziu em 446 postos com carteira assinada.

Considerando-se os municípios piauienses com mais de 30 mil habitantes, foi Floriano que mais que gerou empregos em 2015 no Estado. De janeiro a dezembro, a cidade admitiu 233 pessoas, demitiu 174 e encerrou o ano com um saldo positivo de 59 vagas preenchidas (ou 0.69%). Em segundo lugar, aparece Parnaíba, com um saldo de geração de emprego de 0,2% ou 20 vagas preenchidas (foram 269 admissões para 240 desligamentos).

Teresina ficou em último lugar no ranking da geração de empregos nas cidades com mais 30 mil habitantes. A Capital piauiense admitiu 4.529 pessoas com carteira assinada, mas demitiu 5.918, encerrando o ano com um saldo negativo de 1.389 postos de emprego perdido, o que totaliza -0,71%.

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Apesar nos números de Teresina não serem animadores, foi União que registrou os piores índices de geração de emprego no Piauí no ano passado. O município admitiu 30 pessoas, demitiu 1.253 ficando com um saldo negativo de -1.223 ou -34,09%.

Procura difícil

“Eu estou na procura há cinco meses quando fui demitida do meu antigo emprego, mas a situação está difícil e a oferta também”, é o que fala uma teresinense de 32 anos, demitida recentemente da empresa onde trabalhava na Capital. A mulher pediu para não ser identificada por temer que seu relato atrapalhe a procura por uma vaga com carteira assinada.

A jovem é mãe de dois filhos e tinha uma renda mensal de 2 mil reais com a função que desempenhava no Recursos Humanos de uma empresa particular em Teresina. Ela conta que há cinco meses foi chamada pela administração e demitida sob a alegação de que não estava mais atendendo às expectativas da empresa. Junto com ela, mais cinco pessoas foram dispensadas de seus postos.

“O motivo era sempre esse, mas nós sabemos que essa crise é que está afetando tudo. A prova é que até agora eu ainda estou na espera para conseguir uma vaga com carteira assinada”, relata a jovem, que é mãe de duas crianças e está recebendo, atualmente, o Fundo de Garantia (FGTS).

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Ela conta que até recebeu uma proposta de emprego no final do ano, quando o setor de serviços costuma contratar profissionais temporariamente devido à demanda maior por conta das festas natalinas. No entanto, a jovem disse que a oferta não atenderia às suas necessidades e não lhe positivava a flexibilidade de horário para cuidar das filhas.

“Só resta continuar à procura, entregar currículo e esperar que em algum lugar dê certo. Minha preocupação são minhas filhas. Até o momento está dando para manter, mas a tendência sempre são as despesas subirem. Mas tem que dar certo”, finaliza a moça.

 

Portal O Dia

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