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Piauí tem quase 700 novos casos de hanseníase; veja os sintomas da doença

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Em Teresina, o mês de maio é voltado para a conscientização dos direitos das pessoas diagnosticadas com hanseníase, uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica.

Conhecida como ‘Maio Roxo’, a campanha dissemina informações sobre a condição, que atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, o que pode levar a lesões neurais. Além disso, caso haja um diagnóstico tardio ou um tratamento inadequado, a hanseníase pode acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o Piauí tem 696 novos casos da doença. Desses, 27 dos casos foram registrados em menores de 15 anos. Na capital, são 195 pacientes diagnosticados. Há ainda a informação de que, do total de notificações no estado, 550 são na forma Multibacilar, que é quando a doença é transmissível.

Em entrevista ao O Dia, a supervisora responsável pelo programa estadual de controle a Hanseníase, Eliracema Alves, explica que a transmissão da doença ocorre por meio da via aérea, a partir do contato com portadores que não fazem o tratamento da doença.

“A hanseníase é uma doença crônica e lenta, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Se não tratada a tempo, pode levar a incapacidades físicas. A transmissão ocorre principalmente por contato prolongado com uma pessoa infectada, especialmente se ela não estiver em tratamento”, destaca. 

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Eliracema Alves, do Programa de Hanseníase do Piauí. - (Assis Fernandes / O DIA)Assis Fernandes / O DIA

Os sintomas iniciais de hanseníase podem passar despercebidos, mas incluem áreas adormecidas na pele, indicando perda de sensibilidade. À medida que a doença progride, podem surgir manchas esbranquiçadas ou amareladas na pele, conhecidas como manchas hipocrômicas. Essas manchas são sinais visíveis da presença da bactéria causadora da doença. 

Um questionamento comum é se a doença possui cura. E a resposta é sim! Hoje, os pacientes que realizam o tratamento corretamente, que dura de 6 a 12 meses, conseguem se ver livres desta condição. “Após o tratamento, que envolve seis ou doze doses da medicação, a depender do estado da doença, é possível alcançar a cura”, afirma. 

Não existe uma forma específica de prevenção para a hanseníase. A principal medida é evitar o contato prolongado com pessoas infectadas, especialmente aquelas que não estão em tratamento adequado. Além disso, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica caso haja suspeita de infecção. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar a disseminação da doença e prevenir complicações.

Aqueles que suspeitam dos sintomas podem procurar tratamento em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. 

Maio Roxo

O Maio Roxo inclui atividades como rodas de conversa, que serão realizadas em todas as zonas de Teresina. “Através da escuta, as pessoas terão a oportunidade de apontar problemas e também soluções na qual todas essas questões levantadas e documentadas se tornarão uma estratégia para nortear políticas públicas”, explica Francilene Mesquita, coordenadora do departamento de mulheres do Movimento de Reintegração das pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan)

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O lançamento da campanha aconteceu nesta terça-feira (7), em solenidade na sede da Diretoria de Vigilância de Saúde da FMS, onde as atividades estão ocorrendo. O espaço fica localizado na Av. Miguel Rosa, 3860 – 3898, Centro, Sul.

Fonte: Portal O Dia / Foto: Freepik

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