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Piauiense integra equipe vencedora de campeonato mundial de robótica: ‘muito importante para a pesquisa no Brasil’
O piauiense José Victor Silva Cruz, de 23 anos, integra o grupo de universitários brasileiros que venceu a RoboCup 2022, uma das maiores competições de robôs autônomos do mundo. O evento aconteceu em Bangkok, na Tailândia, entre os dias 13 e 17 de julho.
Nesta terça-feira (26), o g1 conversou com o estudante, que celebrou o 1º lugar da Divisão B da categoria Small Size League (SSL) do campeonato.
‘Resultado muito importante para a pesquisa no Brasil’, diz piauiense que compõe equipe vencedora de campeonato mundial de robótica — Foto: Arquivo Pessoalhttps://edcb0ead6873f9f36b03c9639faa6ba9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
José Victor é natural de Teresina e mudou-se há pouco mais de seis anos para Recife. Ele cursa engenharia de computação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e integra o RobôCIn, um grupo de pesquisa em robótica do Centro de Informática da instituição.
O grupo é formado por 47 estudantes de graduação e pós-graduação, além de quatro professores. Todos atuam no desenvolvimento de soluções a partir da inteligência artificial, visão computacional, mecânica e eletrônica.
‘Resultado muito importante para a pesquisa no Brasil’, diz piauiense que compõe equipe vencedora de campeonato mundial de robótica — Foto: Arquivo Pessoal
Para conquistar a classificação no mundial, a equipe acumulou uma série de vitórias em campeonatos brasileiros e internacionais. Em 2021, durante a edição virtual da RoboCup, chegou a conquistar a melhor colocação de uma equipe latino-americana na história do evento.https://edcb0ead6873f9f36b03c9639faa6ba9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Este ano, para chegar à Tailândia, integrantes do RobôCIn contaram com o apoio de empresas parceiras e arrecadação de dinheiro em uma vaquinha online.
“A equipe que viajou era formada por oito estudantes de engenharia da computação, engenharia mecânica e engenharia elétrica. Desde que decidimos competir, em 2018, fazemos estudos em todas as áreas. Havia muita expectativa. Particularmente, sabia que tínhamos feito um trabalho bem consistente”, contou José Victor.
‘Resultado muito importante para a pesquisa no Brasil’, diz piauiense que compõe equipe vencedora de campeonato mundial de robótica — Foto: Arquivo Pessoal
O objetivo da RoboCup é desenvolver, até 2050, um time de futebol de robôs que vença o então time campeão mundial humano. Por isso, durante a competição, são avaliados a capacidade de trabalho em equipe, percepção e decisão em tempo real, agentes físicos e o alto nível de controle de movimento dos robôs competidores.
“Na SSL, especificamente, possuímos duas divisões, a A contém 11 robôs, e a B seis, com um campo com metade do tamanho da divisão A. Muitos problemas foram surgindo dentro do período de competição. O local possuía interferência nos sinais de rádio e, dessa forma, os robôs não conseguiam executar aquilo que se esperava. Eles [robôs] são autônomos, isto é, realizam suas atividades sem intervenção humana. Tivemos muito trabalho para contornar esses problemas”, explicou José Victor.
‘Resultado muito importante para a pesquisa no Brasil’, diz piauiense que compõe equipe vencedora de campeonato mundial de robótica — Foto: Arquivo Pessoal
Ao todo, na disputa, estiveram presente três mil competidores de 45 países. Para José Victor, o resultado serve como incentivo para o futuro.
“Esse resultado é muito importante para a pesquisa no Brasil. Mostra que temos muito talento, dedicação e esforço. Comparando financiamentos, por soluções inteligentes, como impressão em 3D de peças robóticas ao invés de usinagem, conseguimos apresentar um trabalho muito completo para as outras equipes de todo o mundo, motivo de orgulho, que inspira pessoas e nos permite dar passos cada vez maiores”, destacou o piauiense.
Jovem se mudou para tentar o sonho
José Victor tomou a decisão de se profissionalizar em engenharia de computação durante o ensino médio. O curso, no entanto, ainda não é ofertado no Piauí. Para tentar o sonho, o jovem mudou de estado.
“Sempre tive curiosidade sobre computadores, mas demorei para considerar isso uma opção profissional. Posso dizer que a paixão dos meus irmãos por jogos eletrônicos, o computador do meu pai, e a evolução dos celulares, disquetes, cds, que vi dentro de casa, despertou meu interesse, de forma indireta”, completou o estudante.
Fonte: G1 PI
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