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Professores e alunos da UFPI de Picos realizam I Mamaço

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Aconteceu em Picos, nesta terça-feira (20) o I Mamaço em praça pública, na Josino Ferreira, com o objetivo de desmistificar o direito que a mulher tem em amamentar o seu filho, em qualquer que seja o lugar.

O evento faz parte do Agosto Dourado, que visa o incentivo das famílias em amamentarem suas crianças até os dois anos de idade, incluindo a figura paterna como ponto de apoio nesse processo que, por muitas vezes, é tão difícil para as mães.

Luísa Helena Lima, professora do curso de Enfermagem da UFPI de Picos, relatou de onde surgiu a ideia de organizar o I Mamaço de Picos.

“A gente teve a ideia de realizar o I Mamaço por conta do Agosto Dourado, que é o mês onde se comemora o empoderamento das famílias no aleitamento materno. É um mês que foi dedicado pelo Ministério da Saúde onde a gente pode comemorar e desenvolver parcerias para estimular o aleitamento. Então pensamos nessa ideia em coloca-las em praça pública para estimular isso dentro da cultura de Picos”, disse.

A professora explicou ainda que não foi difícil agrupar as mães para o evento, pois há um trabalho executado nas UBS’s de Picos, especialmente agora em agosto, para tratar sobre o assunto em sua conscientização.

“Temos um grupo de trabalho hoje, que é o PET-Saúde, que é uma parceria firmada entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal, tanto os professores quanto os alunos dos três cursos de saúde – enfermagem, nutrição e medicina – quanto os profissionais da Estratégia de Saúde da família aqui de Picos estamos envolvidos. Por causa dessa parceria, solicitamos às enfermeiras mais próximas aqui dessa região [da praça] para que convidassem suas gestantes e suas nutrisses (que estão amamentando bebês), para estarem presentes aqui hoje. Confesso que esperávamos um número maior, mas, para ser o I Mamaço, tivemos uma boa quantidade de mães com seus filhos”, relatou.

Esteve presente a fisioterapeuta Elívia Teles. Ela é pioneira em Picos com o trabalho pré e pós-parto. Ela explicou ao Cidadesnanet que teve que quebrar alguns tabus com as próprias mães para o incentivo ao aleitamento.

“Como comecei com a fisioterapia obstétrica, após a gestação inicia-se a amamentação. Então vi a necessidade de ajudar algumas mães que enfrentavam dificuldades com a ‘pega’ do bebê e com o ingurgitamento mamário, que é quando o leite “pedra” dentro do seio. Vendo isso, me especializei na área e hoje consigo ajudar muitas mães com o conhecimento que adquiri através de alguns cursos de amamentação. Isso fez com que muitos tabus fossem quebrados e tem ajudado no sentido de fazer com que a amamentação prevaleça”, explicou.

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Ela mencionou ainda alguns dos desafios que as mães enfrentam dentro da própria casa no que se refere à amamentação.

“O desafio que as mães acabam enfrentando, atualmente, são os palpites que, na maioria das vezes, vem de dentro da própria casa, com a família que não apoia a amamentação, que o leite é fraco, não chegando a ser suficiente para o bebê. E isso faz com que ela entre com a fórmula [leite de lata], em sua maioria não sendo recomendada pelo pediatra e acaba que a criança chega a preferir o leite da mamadeira, destruindo assim a forma correta de amamentação que a criança deveria ter”, destacou.

Além da roda de conversa com as mães, profissionais e estudantes presentes, a professora organizou um espaço lúdico para as crianças brincarem e pintarem. O evento será anual, mas Luísa Helena enfatiza que as ações de aleitamento materno serão recorrentes nas Unidades Básicas de Saúde.

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