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Coletivo Negro e Secretaria de Cultura de Picos discutem distribuição de auxílio a artistas

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Denominada de Lei Aldir Blanc, o projeto visa distribuir R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) para artistas informais e organizações culturais que sofreram perdas econômicas por conta da pandemia, surgindo, assim, como um auxílio emergencial para a classe.

A lei foi sancionada no fim do mês de junho pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. Picos deve receber, segundo a proposta, R$ 539.000,00 (quinhentos e trinta e nove mil reais), que deve ser utilizado para manutenção de grupos, ajuda a artistas e realizações de projetos culturais.

Na manhã desta terça-feira (07), o Coletivo Negro* e membros da Secretaria Municipal de Saúde se reuniram na sede da pasta para deliberarem de que forma o processo deve ocorrer tanto para inscrição desses profissionais quando para avaliação dos que podem ou não receber esse auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal.

Segundo Mano Chagas, um dos representantes do Coletivo Negro, tanto a visão do grupo quanto da Secretaria Municipal de Cultura estão se alinhando no sentido de buscar a equidade para todos os artistas.

Mano Chagas

“Nós entendemos que esse é um grande avanço e que precisa de muitas mãos para pôr o projeto pra frente. Conhecemos o trabalho da Secretaria de Cultura, sabemos que eles já estavam estudando a lei, mas nós já estávamos bem adiantados nesse processo, com a realização até de reuniões virtuais para tratar sobre a lei em sua forma jurisdicional e cultural. Então vimos por bem esse contato para alinharmos as ideias e ajudarmos nesse processo, colaborando com o que for preciso para análise desses profissionais, formação de cadastros e, mais na frente, em como esse dinheiro será distribuído”, disse Mano Chagas, que também é diretor do Grupo Cultural Adimó.

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A supervisora da Secretaria de Cultura, Joana D’Arc, falou sobre os próximos passos que serão tomados pela equipe e disse crer num consenso entre a pasta e os artistas locais quanto à dispensação dos recursos quando forem destinados ao município.

Joana D’Arc

“Hoje estivemos aqui com membros do Coletivo Negro que nos ajudou a deliberar sobre algumas tomadas de decisões. Temos algumas tarefas para os próximos dias, como confecção do cadastro, disponibilização dele para os artistas via link e presencialmente, formação de comissões de análise e criação de editais para os grupos que queiram se inscrever, enfim… Foi uma ajuda pertinente e cremos que além de um longo trabalho pela frente, teremos êxito nessa caminhada”, disse a Joana D’Arc.

Na próxima sexta-feira (10) acontece uma nova reunião, de forma online, para esmiuçar a lei, desta vez em conjunto, entre Coletivo Negro e membros da Secretaria de Cultura de Picos. até o fim da semana serão iniciados os cadastros para os artistas e grupos que queiram o benefício.


* O Coletivo Negro surgiu com a morte do pedreiro Joilson Pereira, assassinado a tiros, no dia 03 de junho, por um agente da Polícia Rodoviária Federal. Inicialmente, o grupo, denominado para a ação de protesto pacífico de “Manifesto Negro Picos”, realizou uma caminhada contra o racismo. Após isso, alguns participantes decidiram continuar o processo para que um coletivo fosse formado e deliberasse sobre temas de igualdade racial e estrutural, o que deu origem ao Coletivo Negro. (Informações da assessoria do grupo)

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