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POLÍTICA

Margarete Coelho vai coordenar grupo que discute futuro do SUS

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A deputada Margarete Coelho (PP-PI) vai coordenar um Grupo de Trabalho na Câmara dos Deputados para discussão do futuro do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento de 150 milhões de brasileiros. O grupo foi constituído pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deseja desenvolver uma agressiva agenda voltada para temas sociais, começando pelo sistema de saúde pública. Com a indicação, Margarete vai desenvolver um trabalho semelhante ao que realizou quando, no ano passado, coordenou as discussões sobre o Pacote Anti-Crime.

O debate sobre o SUS ganha especial relevo no contexto da pandemia do novo coronavírus, e ainda mais na perspectiva de desenvolvimento de uma vacina que vai exigir estrutura e capilaridade, considerados os pontos mais importantes do SUS. Mas a pandemia também trouxe uma série de nuances negativas do sistema de saúde, a começar pela gestão de recursos. O grupo de trabalho a ser coordenador por Margarete Coelho vai discutir desde o financiamento até os mecanismos de compra, passando necessariamente pela qualidade do atendimento.

A ideia é que o grupo ofereça um leque de mudanças para melhorar o funcionamento do SUS. Dados mostram que desde 2002 o sistema de saúde vem perdendo receitas, através dos repasses do governo federal: antes a União arcava com 52% das contas, índice que está reduzido a 43%. Há uma crescente participação dos demais entes federados – e em 11 estados os governos locais já contribuem mais que a União para o financiamento da saúde pública.

Agenda social é trunfo para eleição na Câmara

Nos últimos dois anos, pelo menos, o discurso do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, esteve focado na agenda econômica. Mas há uma mudança importante no início deste segundo semestre, com a prioridade para a agenda social. Essa mudança tem muito a ver com as eleições para a presidência da Câmara, que acontecerá em fevereiro. Maia gostaria de ser ele mesmo candidato. Mas há dúvidas jurídicas sobre a possibilidade dessa candidatura à reeleição dentro de um mesmo mandato. Se não puder entrar pessoalmente na disputa, ele quer garantir um cenário que permita eleger um sucessor aliado.

A escolha da agenda social fortalece a relação de Rodrigo Maia com sua base de apoio, que inclui a maior parte dos partidos de esquerda. Também faz parte da estratégia a saída do DEM e do MDB do pedaço do Centrão liderado pelo deputado Artur Lira. Falando em nome do bolsonarismo, Lira tentou esvaziar o poder de Rodrigo e assim se credenciar como candidato à sua sucessão. Maia deu o troco: a saída do DEM e do MDB mina o terreno de Lira e recoloca o processo eleitoral nas mãos do atual presidente da Câmara, de longe o principal eleitor na disputa de fevereiro.

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Fonte: Cidade Verde

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