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POLÍTICA

Sérgio Moro presta depoimento neste sábado (02) à PF e PGR

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 O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai prestar depoimento neste sábado, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República em Curitiba (PR), onde voltou a morar.

Segundo fontes envolvidas na investigação, o depoimento deve ser tomado entre as 11 horas e 14 horas. Nesta sexta-feira, 1º, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, deferiu pedido formulado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e designou três procuradores indicados pela PGR para acompanhar o depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Na noite de quinta, o decano já tinha determinado a realização da oitiva em até cinco dias de Moro, atendendo ‘razões de urgências’ apresentadas por três parlamentares. Moro afirmou, em entrevista à revista Vejaque entregaria provas de acusações de interferência política do Planalto na Polícia Federal ‘em momento oportuno’.

A expectativa é de que Moro apresente provas sobre a interferência de Bolsonaro na indicação do delegado Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Reunião

Na véspera do depoimento de Moro, o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido por cerca de três horas com o novo ministro da Justiça, André Mendonça, no Palácio da Alvorada.

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Mendonça chegou acompanhado do ministro da Controladoria-Geral da UniãoWagner Rosário, por volta das 17h30. Os dois deixaram o local perto das 20h30 sem falar com a imprensa. O compromisso não contava na agenda oficial das autoridades.

Denúncias

Moro deixou o ministério na semana passada fazendo acusações diretas ao presidente e exibiu, no Jornal Nacional, da TV Globo, mensagem de Bolsonaro cobrando mudança no comando da PF, por causa de investigações envolvendo deputados bolsonaristas.

As informações levaram o ministro do STF Alexandre de Moraes a determinar a suspensão de Ramagem no dia de sua nomeação, o que pegou o governo de surpresa e deixou Bolsonaro indignado. Se no dia o presidente disse que entendia e respeitava a decisão do Judiciário, no outro declarou que não tinha “engolido” ainda o assunto.

Na quinta-feira, 30, Bolsonaro declarou, em transmissão feita por meio de suas redes sociais, que tinha feito um “desabafo” ao avaliar como motivação política a decisão do ministro Alexandre de Moraes, de barrar a nomeação de Ramagem.

Bolsonaro voltou a insistir para que o STF reveja a decisão e pediu para que os ministros levem em conta o currículo do policial. Na PF desde 2005, Ramagem tem experiência no combate ao crime organizado e de colarinho branco, mas teve a indicação criticada por conta do lobby que os filhos do presidente fizeram para que ele fosse o escolhido em substituição a Maurício Valeixo.

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Bolsonaro chegou a dizer que “todo mundo ganha” com a nomeação de Ramagem. “Todo mundo ganha. O presidente da República ganha, ganha a PF, ganha a população como um todo porque o combate ao crime, ao tráfico, a outros ilícitos… isso com a experiência dele poderemos fazer com muito melhor precisão.”

Estadão

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