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Ipea: Piauí cresce 48,6% nos casos de mortes de mulheres em 10 anos

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Nesta segunda-feira (25), é celebrado o Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra Mulher. Desde 2015 o feminicídio é considerado pelo código penal brasileiro como crime hediondo de acordo com a lei 13.104/2015. Dados do Atlas da Violência, estudo organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com o Fórum Nacional de Segurança Pública, deste ano, revela que 4.936 mulheres foram assassinadas em 2017, uma média de 13 por dia, o maior índice registrado em 10 anos. Só no Piauí foram 52 mortes, um crescimento de 48,6% em uma década (2007 a 2017). Entre essas mortes, 39 foram de mulheres negras.

Enquanto a taxa geral de homicídios no país aumentou 4,2% na comparação 2017-2016, a taxa que conta apenas as mortes de mulheres cresceu 5,4%. Apesar disso, o indicador continua bem abaixo do índice geral (31,6 casos a cada 100 mil habitantes), com 4,7 casos de mortes de mulheres para cada grupo de 100 mil habitantes. Ainda assim, é a maior taxa desde 2007.

Em 28,5% dos homicídios de mulheres, as mortes foram dentro de casa, o que o Ipea relaciona a possíveis casos de feminicídio e violência doméstica. Entre 2012 e 2017, o instituto aponta que a taxa de homicídios de mulheres fora da residência caiu 3,3%, enquanto a dos crimes cometidos dentro das residências aumentou 17,1%. Já entre 2007 e 2017, destaca-se ainda a taxa de homicídios de mulheres por arma de fogo dentro das residências que aumentou em 29,8%.

O Ipea mostra ainda que a taxa de homicídios de mulheres negras é maior e cresce mais que a das mulheres não negras. Entre 2007 e 2017, a taxa para as negras cresceu 29,9%, enquanto a das não negras aumentou 1,6%. Com essa variação, a taxa de homicídios de mulheres negras chegou a 5,6 para cada 100 mil, enquanto a de mulheres não negras terminou 2017 em 3,2 por 100 mil.

estado de São Paulo responde pela menor taxa de homicídios femininos, 2,2 por 100 mil mulheres, seguido pelo Distrito Federal (2,9), Santa Catarina (3,1) e Piauí (3,2), e ainda Maranhão (3,6) e Minas Gerais (3,7). Em termos de variação, reduções superiores a 10% ocorreram em seis Unidades da Federação, a saber: Distrito Federal, com redução de 29,7% na taxa; Mato Grosso do Sul, com redução de 24,6%; Maranhão com 20,7%; Paraíba com 18,3%, Tocantins com 16,6% e Mato Grosso com 12,6%.

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Fonte: Meio Norte

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