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Cortes de recursos prejudica UFPI e preocupa gestão
Após comunicado do Ministério da Educação, realizado no dia 30 de março, em que afirma que todas as universidades federais do país vão sofrer reduções de recursos, o reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que esse custeio está congelado desde 2016. Após isso, os gastos aumentaram, o que acabou resultando em cortes de contrato de funcionários da universidade. As medidas já estavam sendo estabelecidas antes mesmo do anúncio, e agora a situação tende a se agravar. “Com esse bloqueio de 30%, não tem mais onde cortar. Nós já cortamos a gordura, a carne e agora estamos cortando o osso. Não há de onde tirar. Se esse bloqueio persistir e não for desfeito, vai ser difícil fechar o ano”, afirma Arimateia.
Além da diminuição de funcionários, as viagens para eventos e Congressos foram canceladas e reduzidas às viagens para aula de campo e foi decidido a não renovação do contrato de telefones celulares das instituições superiores.
A princípio, a medida do bloqueio de 30% havia sido destinada à Universidade de Brasília (UnB), à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade Federal da Bahia (UFBA), após a repercussão, o MEC anunciou que seria para todas as universidades e institutos federais do país.
O reitor alega que a situação não decorre por conta da gestão e sim por falta de recursos do governo. “Acreditamos que a economia poderia ser feita em outras ações que não prejudicassem as instituições de ensino superior. Não apenas a universidade, mas os estudantes também já estão com seus orçamentos muito reduzidos”, deduz.
O reitor atribui a importância dos programas que acolhem os estudantes mais carentes. “Nós tivemos um avanço muito grande na última década, quando tivemos o programa Reuni, que possibilitou a integralização das universidades e a inclusão das pessoas com baixa renda. Isso é uma conquista da sociedade que deve ser mantida”. O Programa do Governo Federal de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras garante as condições de permanência no Ensino Superior.
“Nós estamos muito apreensivos com os rumos que as coisas estão tomando, mas nós ainda tentamos diálogo”, afirma, ao comentar a participação no lançamento da Frente Parlamentar de Valorização das Universidades Federais, que foi formada por deputados federais e senadores, a fim de reunir ações e causas do Ensino Superior.
Ele afirma ainda que será realizada uma audiência com o ministro, marcada para o final deste mês. “Esperamos que a gente possa reverter essa situação e deixar bem claro a importância das universidades federais para a sociedade brasileira”, finaliza.
Fonte: Meio Norte
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