Connect with us

NOTÍCIA DESTAQUE

Empresários do Piauí discutem cenário com pandemia e retorno de atividades

Publicado

em

Empresários participaram de videoconferência realizada pela TV Cidade Verde sobre o cenário pós-pandemia e o possível retorno gradativo de atividades, principalmente nas áreas da saúde, construção civil e comércio. 

Participaram da discussão Raquel Vilar, representando a área da saúde,  o presidente Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PI) Francisco Reinaldo e o empresário Marco Pinto que concordaram sobre um modelo de retorno gradual com protocolos de proteção.

Raquel Vilar pontua que o problema da covid-19 é real, mas destaca para a necessidade do retorno de consultas e exames eletivos seguindo protocolos para evitar a propagação da doença.  Entre as medidas, ela citou o uso de máscaras em pacientes e colaboradores, a definição da quantidade de pacientes a serem atendidos, quantos consultórios podem atender durante o dia.

“Os pacientes estão precisando de atendimento. Estamos tentando atender através da telemedicina, mas nunca é como o presencial. O acompanhamento de doenças crônicas tem que ser retomado o quanto antes e o CRM emitiu parecer favorável a esse retorno. As clínicas precisam se preparar para esse retorno o quanto antes, estabelecendo protocolos pois não podemos atender como era antes. Então, todas as clínicas, principalmente aquelas que acompanham pacientes com problemas crônicos, podem ir se preparando para atender esses pacientes. Sem dúvidas nenhuma será um novo recomeço, atendimento com mais qualidade, mais critérios. Não precisamos ter medo desde que cumpramos todo protocolo. Com boa vontade, paciência e investimentos vamos sair mais fortes”, disse Vilar.

Publicidade

Na área da Construção Civil, Francisco Reinaldo reforçou a necessidade de redobrar os cuidados durante o retorno gradativo.

“Em todos os países do mundo, a Construção Civil foi a primeira a parar, mas também a primeira a retornar as atividades. Temos mantido conversas como prefeito e o governador e esse retorno vai vir com uma série de cuidados e restrições. As construtoras já estão se preparando com reposição de máscaras, alcóol em gel e treinamento do pessoal. O retorno tem que ser com segurança. A preocupação principal é a saúde, mas a atividade econômica tem que ter essa programação de retorno”, disse Reinaldo.

O empresário Marco Pinto frisa a importância da necessidade de planejamento para um retorno seguro das atividades e diz que falta a definição de um cronograma que estabeleça a retomada das atividades.

“A gente precisa da definição de um horizonte e planejar o retorno das atividades”, pontua o empresário.

Revisão dos serviços essenciais

Os empresários defenderam uma nova análise nos serviços essenciais, já que, segundo eles, precisam operacionalizar serviços como pagamento de pessoal e de impostos que envolve setor de contabilidade e departamento pessoal.

Publicidade

“Mesmo nós estando de quarentena, mas algumas atividades não tem como parar, como recolhimento de impostos, tem que ser feito, folha de pagamento, tem que pagar. Então o retorno, não só o retorno mas a continuidade das coisas têm que acontecer de uma maneira que se trabalhe tranquilo, porque todas as empresas têm folha de pagamento para fazer, Nós não demitimos ninguém todos estão com seus empregos garantidos, mas essas atividades precisam de pessoas para operacionalizar e estamos de certa forma trabalhando ilegalmente em relação ao decreto. Não tem sentido você não ter uma pessoa que faça a folha, encaminhe o processo para o banco para o pagamento. Por isso, precisa rever essa questão das atividades essenciais no primeiro momento imediatamente, porque hoje estamos trabalhando infelizmente e as empresas estão pagando e tem pessoas operando e tem que ser revista”, destacou o empresário Francisco Reinaldo.

“Alguns ajustes na lista de atividades são necessários e essa é uma delas. Na verdade as rotinas de folha de pagamento e de impostos inexiste sem que um departamento de contabilidade , financeiro, setor pessoal estejam funcionando. É uma coisa que tem que ser revista”,  reforçou Marco Pintos.

Retorno gradativo com segurança 

A empresária Raquel Vilar afirma que almeja no início de maio seja iniciado um retorno gradativo para consultas e exames eletivos. “Eu acredito que em todas as atividades vai haver uma redução, as pessoas estão com receio e deve estar mesmo. É uma responsabilidade coletiva, de não agendar muitos pacientes, em vez de reduzir horário, é estender para que as pessoas não se aglomere. Não é uma epidemia que passe logo, devemos nos preocupar de retornar gradualmente mas com muita segurança e responsabilidade”.

Marco Pinto destaca que as medidas provisórias do governo federal deram suporte porque ela prevê uma cobertura de dois meses, com a suspensão dos contratos de trabalho e prevendo a cobertura de uma espécie de seguro desemprego, mas que para médias e grandes empresas ajuda apenas em parte.

“Dentro dessa expectativa de retorno, nós primeiros usamos as férias coletivas e agora vamos começar a usar o recurso das medidas provisórias, no caso das empresas maiores esse gasto ainda é bem significativo porque algumas empresas estão optando não só por cobrir o teto do seguro desemprego, mas salário integral das pessoas e é bastante significativa. Fora outras despesas operacionais como aluguéis e manutenção de máquinas. Há esse decreto de 60 dias, mas e tende a ficar complicada para empresas em geral, muito poucas empresas tem capital para ficarem inoperante  durante tanto tempo”, alerta o representante do comércio varejista.

Publicidade

Mudança de cultura

Os empresários acreditam ainda que haverá uma mudança de cultura das empresas e das pessoas, para garantir a segurança dos funcionários e clientes.

Na área da saúde, os hospitais e clínicas devem adotar novos protocolos com equipamentos de proteção individual para colaboradores e pacientes e com horário estendido de atendimentos e marcação de consulta agendada. “Será uma mudança de paradigma porque hoje quando marcamos uma consulta por hora marcada ou o paciente chega muito cedo ou muito tarde, então vão ter que ser educadas para obedecerem o horário”.

Francisco Reinaldo afirmou que as construtoras já contrataram dez mil máscaras para os trabalhadores da construção civil usarem no retorno. “Já prevendo esse retorno e que ele seja o mais breve, mas aos poucos e observando os números e tem que controlada e os números devem direcionar”, afirmou.

Graciane Sousa e Caroline Oliveira
cidadeverde.com

Publicidade
Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS