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PICOS | Maria Santana: o caminho da simplicidade

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Ao contrário do que muitos pensam, a jovem que vem exercendo um grande trabalho na cidade de Picos, por todas as secretarias pelas quais passou, e agora no Centro Integrado de Especialidades Médicas, Maria Santana, é natural deste município, tendo respirado o ar da Cidade Modelo pela primeira vez no dia quatro de julho de mil novecentos e oitenta e seis.

Com poucos dias de vida, foi levada para o interior chamado “Limoeiro”, na cidade de Isaías Coelho. Mas seu futuro já havia sido traçado. É arriscado dizer até que foi contagiada pelo ‘calor do amor’ que Picos esbanja, fazendo com que ela retornasse anos depois e por cá ficasse.

Maria Santana ao lado de Padre Walmir

Vinte anos depois ela retorna em busca de sua profissionalização. Como muitos alunos provenientes de escola pública, Santana conseguiu ingressar na universidade pública. Àquela época, nada era tão fácil quanto hoje. Até a seleção por uma vaga era mais difícil. Mas criada com os ensinamentos de que uma semente bem plantada (estudos) lhe traria bons frutos (conquistas), ela ousou persistir. E venceu.

Concluiu em Picos seu curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo e Relações Públicas em 2012. Oportunidades mil para outros lugares surgiram, mas ela sentia que sua raiz era aqui. Ela sabia que havia uma missão a ser cumprida, mas não sabia qual.

Criada por agricultores, sendo a segunda filha de três irmãs, com uma vida humilde, Maria Santana não esbanja nas mãos, rosto ou corpo o que conseguiu adquirir com o fruto de seu trabalho.

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Muito pelo contrário. A simplicidade ensinada por seus pais é latente em seu ser.

Joias, roupas caras, bolsas de grife não fazem nem nome e nem personalidade da jovem picoense que foi levada bem cedo para o meio do mato, para aprender com a lida – “no meio do sol quente” – como se ganha a vida.

Se ela tem uma marca registrada, é a timidez. Um abraço sem jeito, um sorriso quase imperceptível. Mas quem a conhece, de fato, sabe o quão fraterna é e o quanto pode doar de si em prol do outro. Não importa se este lhe queira bem ou mal.

Em um determinado evento, vi um grupo de pessoas questionando-a porque se vestia tão simples, de sapatilha e blusinhas de manga. Ela respondeu que é assim que se sente bem e é assim que deve se mostrar: como realmente é.

Apontada como pré-candidata à prefeitura de Picos, em uma cidade onde as pessoas refletem mais o ter do que o ser, questionei-a sobre o que ela acha do que falam de suas vestimentas e ela me respondeu: “Me sinto bem me vestindo assim. Pelo menos até diretamente para mim, nunca falaram, mas acredito que possam falar mesmo. Infelizmente, a sociedade julga as pessoas pela vestimenta. Não ligo para o que pensam. Seja na feirante, na sacoleira, numa loja… o importante é que eu me sinta bem”.

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