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Banho móvel para pessoas em situação de rua em Teresina é destaque no Jornal Nacional

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O serviço “Banho Móvel”, um carro adaptado com chuveiros para oferecer condições de higiene às pessoas em situação de rua, em Teresina/PI, foi destaque no Jornal Nacional nesta quarta-feira (25/12), na Rede Globo.

O Jornal Nacional acompanhou o trabalho de assistência social que é voltado para outros objetivos. Tem a ver com a saúde, mas também com a auto-estima de pessoas em situação de rua.

O endereço dessas pessoas é qualquer lugar da cidade. Contar quantos vivem assim? Missão difícil. Sem uma casa, sem vínculos familiares, atitudes simples do dia-a-dia são um desafio. “A pessoa que vive em situação de rua está sujeito a tudo, né? Até ficar sem banho”, conta o artesão Genival José da Silva.

E ficar sem banho numa cidade em que a temperatura chega aos 40 graus. Já pensou? Não é fácil. Só que o Genival se surpreendeu quando viu um “banho móvel” no meio da praça: “Banho é tudo de bom, né?”.

O carro funciona assim: tem um tanque que armazena até mil litros de água, uma tubulação abastece dois chuveiros, que podem funcionar simultaneamente. A capacidade do veículo é de 20 banhos, com duração de até oito minutos. E além do banho, todos ganham um kit de higiene pessoal.

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Seu Raimundo Nonato da Silva, que há 30 anos vive nas ruas de Teresina, sempre que vê o “banho móvel” nas praças aproveita para se refrescar. “Às vezes a gente está sufocado de calor quando eles aparecem é uma maravilha”, diz.

“Muitas pessoas saíram de suas cidades para tentar o emprego aqui em Teresina e acabaram ficando por não conseguirem se realocar no mercado. Então aumentou significativamente, de 30% a 40%, essa população que é atendida por nossa equipe”, afirma Melissa Lima, assistente social.

O banho móvel só circula pela cidade dois dias na semana e junto vai um consultório. Uma equipe formada por médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social faz vários atendimentos no meio da rua.

“Não só a questão da dignidade, que a gente sente que é essa questão de devolver a dignidade ao usuário, mas isso facilita nossa abordagem e aproximação do usuário para equipe, tendo em vista que muitos têm receio de se aproximar da equipe por conta de má higiene. Tem dificuldade de se encontrar no albergue, na unidade de saúde, para fazer o atendimento por conta das condições precárias que eles se encontram”, acredita Alan Lira, médico do projeto consultório na rua.

“Isso aí para mim, se tivesse todo dia, seria como um mandado de Deus. E tem um sabãozinho, um negócio cheiroso”, fala um morador de rua.

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Fonte: G1/ Jornal Nacional

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