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Cidade segue isolada e não consegue transportar pacientes no Sul do Piauí

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Os problemas provocados pelas fortes chuvas na cidade de Dom Inocêncio, a 615 km de Teresina, fizeram a prefeitura municipal fechar os órgãos públicos e desde a segunda-feira (25) boa parte dos serviços foram suspensos. Pacientes que precisam fazer hemodiálise três vezes por semana em Petrolina-PE, a 200 km do município, não estão sendo transferidos.

Desde o domingo (24), a cidade está totalmente isolada devido à cheia dos riachos e a enxurrada que invadiu a zona urbana após o estouro de uma barragem. Ninguém entra ou sai do município.

A secretária de saúde do município, Luzinete Almeida Damasceno, informou ao G1 que um paciente cortado de facão precisa ser transferido para outra cidade desde o domingo, mas a transferência não pode ser feita devido à cheia dos riachos.

“A prefeitura manda levar pacientes que precisam fazer hemodiálise em Petrolina às segundas, quartas e sextas-feiras. Estamos muito preocupados vendo o que pode ser feito, mas está quase impossível. Esse pessoal não pode ficar sem fazer o procedimento, pois na segunda-feira (25) eles já não foram”, falou.

Até mesmo de avião não se pode sair da cidade, já que o único campo de aviação fica localizado do outro do riacho que passa pela zona urbana. Alguns postes de energia foram derrubados pela força das águas. No entanto, a energia que havia faltado no domingo, foi restabelecida.

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Chuvas impedem a prefeitura até mesmo de contabilizar prejuízos (Foto: Alonso Gomes/Arquivo Pessoal)
Chuvas impedem a prefeitura até mesmo de contabilizar prejuízos (Foto: Alonso Gomes/Arquivo Pessoal)

Em entrevista ao G1, o secretário de obras Luiz da Benta disse que a situação é muito grave e que não para de chover. A cidade amanheceu debaixo de forte chuva na manhã desta terça-feira (26) e todas as estradas estão destruídas com a ação das águas. Segundo ele, ainda não é possível calcular os prejuízos porque não há como as equipes da prefeitura chegarem à todas as comunidades da zona rural.

“Ainda não sabemos quantas barragens quebraram no interior porque não tem como andar em todas as comunidades. Não sabemos o que vai acontecer se continuar assim, pois aqui a gente só vê água chegando que não sabemos de onde vem. Nunca havia visto uma coisa igual aqui”, falou o secretário.

Barragem se romperam em várias localidades da zona rural (Foto: Alonso Gomes/Arquivo Pessoal)
Barragens se romperam em várias localidades da zona rural (Foto: Alonso Gomes/Arquivo Pessoal)

As 15 famílias que ficaram desabrigadas seguem alojadas em uma escola municipal e recebem apoio da prefeitura. Apenas um posto de combustível da cidade ainda tem o produto. Os moradores já temem que a cidade enfrente problemas de abastecimento e produtos como botijão de gás pode faltar caso a situação persista.

No domingo (24), uma barragem de pequeno porte se rompeu a poucos quilômetros da cidade e as águas tomaram as ruas. O riacho Pedra Branca, que passa ao lado, transbordou e agravou ainda mais a situação. No mesmo dia, a prefeitura fez reparos em uma outra barragem que ameaça romper e as águas já passavam sobre a parede.

 

G1

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