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GERAL

Coren-PI instaura processo contra enfermeiro suspeito de estuprar mulher em hospital

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O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) informou nesta terça-feira (1º) que instaurou processo ético disciplinar para apurar o caso de um enfermeiro suspeito de estuprar uma mulher dentro de um hospital particular de Teresina. Caso seja considerado culpado, o profissional pode ter o registro profissional cassado.

Segundo o Coren, o processo ético acompanhará a investigação criminal. No momento, o inquérito ainda está sendo finalizado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher do Centro da capital. A delegada que apura o caso, Vilma Alves, informou que já pediu a prisão do enfermeiro à Justiça.

Durante o inquérito, o Coren vai acompanhar as investigações e ouvirá testemunhas, além do próprio enfermeiro suspeito, para que apresente sua defesa. Ao final, o Conselho decidirá pela cassação ou não do registro profissional. Com o registro suspenso, ele não poderá mais exercer a profissão.

Leia a íntegra da nota do Coren sobre o caso:

O Coren-PI vem a público esclarecer sobre as medidas tomadas a partir do conhecimento do suposto crime de estupro cometido por um enfermeiro nas dependências de um hospital privado do município de Teresina.

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Repudiamos e nos juntamos a todas as vozes que pedem justiça, mas importante destacar que o fato ocorrido não seja atrelado à Enfermagem, que é composta por pessoas que trabalham diuturnamente em prol do bem-estar e qualidade de vida da população e que atuam com base nos princípios éticos e legais.

O responsável pela prática do suposto crime terá instaurado o devido processo ético disciplinar, sendo descabida qualquer associação, direta ou indiretamente aos mais de 30 mil profissionais de Enfermagem do Piauí por fatos como esse.

Familiares e amigos protestam e pedem Justiça

Familiares e amigos da vítima realizaram o protesto para pressionar às autoridades — Foto: Raví Marques/ TV Clube

Familiares e amigos da vítima realizaram o protesto para pressionar às autoridades — Foto: Raví Marques/ TV Clube

Familiares e amigos da vítima realizaram um protesto na tarde desta segunda-feira (30), no Centro de Teresina, pedindo justiça.

Ao G1, a organizadora do protesto, Beatriz Veras, informou que o objetivo é pressionar às autoridades para que se tomem as medidas cabíveis.

“Nós resolvemos nos manifestar para pressionar as autoridades para entender porque está demorando tanto. Hoje está fazendo 30 dias que o crime ocorreu e ele está se protegendo com o laudo médico”, afirmou.

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A delegada Vilma Alves confirmou o recebimento do laudo de sanidade mental entregue pelo advogado do suspeito. Mesmo assim, o pedido de prisão foi feito.

“Nós o interrogamos e ele permaneceu calado. Depois, nós pedimos a prisão. Não é mais conosco, e sim com o Judiciário. Agora que já passou o período eleitoral, deve sair”, disse a delegada.

Entenda o caso

Vítima chegou a desmaiar durante o depoimento na Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher, no Centro de Teresina. — Foto: Catarina Costa/ G1 PI

Vítima chegou a desmaiar durante o depoimento na Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher, no Centro de Teresina. — Foto: Catarina Costa/ G1 PI

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar um enfermeiro suspeito de estuprar a própria cunhada em um hospital particular da capital. A vítima passava a noite com o sogro, de 85 anos, quando a violência aconteceu.

De acordo com a polícia, o suspeito teria dado uma medicação para ela, dizendo ser “para relaxar”. Mas a vítima ficou desacordada.

Quando recuperou a consciência, a vítima sentiu dor nas partes íntimas e suspeitou que havia sido violentada. A mulher procurou o Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito, que confirmou o estupro. Em seguida, a vítima procurou a delegacia.

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Após tomar conhecimento do caso, a administração do Hospital São Marcos, onde o crime ocorreu, comunicou que o enfermeiro foi afastado de suas funções.

Crime premeditado

O marido da vítima, que preferiu não se identificar, disse, em entrevista à TV Clube, que acredita que o crime foi premeditado. Para ele, o enfermeiro agiu ara garantir que ficaria sozinho com a vítima no quarto onde o sogro dela estava internado.

“Minha esposa não ia passar a noite lá. Já tínhamos contratado uma pessoa para acompanhar meu pai nesta noite, que era a noite que ele estaria de plantão no hospital. Imediatamente quando soube disso, ele entrou em contato com minha esposa fazendo medo, terrorismo, dizendo que a pessoa que estava lá não era capacitada”, relatou.

Após afastar a pessoa que havia sido contratada pela família para passar a noite com o paciente, o enfermeiro, segundo o marido da vítima, teria dito para a enfermeira responsável por administrar medicamentos não entrar no quarto durante a noite.

“Ele foi no centro de enfermagem, encostou na enfermeira, na técnica lá, e disse assim: olha, o velhinho não gosta de ser incomodado. Me dê todos os medicamentos, soros que têm que ser aplicado durante a noite que vou aplicar. Não precisa você ir. E nisso a enfermeira levou os medicamentos, os soros, deixou lá, conforme ele planejou”, afirmou.

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Fonte: G1 PI

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