Estudante sofre ataques racistas durante aula online no Piauí

Ana Caroline Dias, estudante de Comunicação Social e militante do movimento pela humanização do parto, sofreu ataques racistas durante uma aula online, promovida pela Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia (Lago) da Uninovafapi. O caso aconteceu na quarta-feira (10/06). A situação foi denunciada por meio das redes sociais e confirmada ao OitoMeia pela própria vítima.

De acordo com Caroline Dias, os ataques foram feitos de forma organizada por três homens, ainda não identificados, após invadirem a aula, que era realizada por meio de uma plataforma de videoconferência. A militante havia sido convidada para discutir com a turma sobre “A análise da violência obstétrica e um viés racial”. Entre as ofensas feitas pelo trio estavam palavras de cunho racista e machista.

“Era uma aula aberta pela plataforma Google Meet. O link estava disponível no Instagram da Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia na Uninovafapi. De repente, três homens entraram e começaram o que parecia um ataque organizado. Um ficava enviando mensagens machistas no chat, outro ficava me dirigindo ofensas racistas e um terceiro que ficava mais fazendo barulho e inserindo conteúdo pornográfico”, explicou à reportagem. 

Segundo Ana Carolina, a aula teve que ser encerrada, após a invasão do trio, pois os organizadores não conseguiram excluí-los do encontro. A vítima afirma ter se sentido “péssima” e “envergonhada” com a situação. Porém, afirmou que os ataques não a intimidariam.

“É péssimo, é pior do que parece, vai nos diminuindo, pois você fica envergonhado…. pelas pessoas da liga, pela minha mãe, estava todo mundo lá”, afirmou. 

Para esta quinta (11), Ana Carolina marcou uma nova live no próprio perfil do Instagram, onde falará sobre o mesmo tema da reunião que foi interrompida anteriormente. A vítima e a Liga também prestaram um Boletim de Ocorrência contra os invasores.

Fonte: Oito Meia