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Internauta denuncia condições precárias em escola de taipa no Piauí

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Na cidade de Miguel Alves, a 110 km de Teresina, cerca de 40 crianças com idade entre 3 e 10 anos estudam em condições completamente precárias. A internauta Flaviane Tajra Castro enviou fotos por meio da ferramenta interativa, mostrando a situação da Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição, localizada na comunidade Sambaíba, Zona Rural do município. Com uma estrutura totalmente deficiente, a unidade é conhecida como ‘Escolinha de Taipa’.

De acordo com a internauta, a unidade de ensino existe há 14 anos e foi construída pelos próprios moradores da comunidade. As paredes são feitas de madeira e barro e a cobertura é de palha. Segundo ela, o local possui apenas duas salas e uma cozinha e os banheiros foram improvisados com pedaços de madeira nos arredores da unidade, pois antes os alunos faziam as necessidades no mato.

Escola existe há 14 anos na comunidade Sambaíba (Foto: Flaviane Tajra/Arquivo Pessoal)
Escola existe há 14 anos na comunidade Sambaíba
(Foto: Flaviane Tajra/Arquivo Pessoal)
Alunos usam banheiros improvisados em escola de taipa (Foto: Flaviane Tajra/Arquivo Pessoal)
Alunos usam banheiros improvisados em escola de
taipa (Foto: Flaviane Tajra/Arquivo Pessoal)

Ainda segundo a denúncia da internauta, a merenda servida no local é insuficiente e a qualidade ruim. “O poder público simplesmente cisma em por no esquecimento a realidade vivida por essas crianças na comunidade Sambaíba”, disse a internauta. Segundo ela, dois computadores que seriam destinados à escola nunca chegaram ao local.

O G1 ouviu uma professora da escola que leciona no local há sete anos. Juliana Lopes Freitas alegou que a comunidade se nega em sair do local, porque a outra escola para onde os alunos seriam levados é pequena e não tem condições de receber mais estudantes. “Lá só tem duas salas e atualmente tem aula até nos corredores, então como ia receber mais alunos?”, questionou a professora.

Ainda segundo ela, o acesso a essa outra unidade é muito ruim e dificultaria o deslocamento, mesmo que no transporte escola oferecido pela prefeitura. Mesmo diante do impasse, a prefeitura informou que já foi cadastrado no Ministério da Educação o projeto para ser feita uma nova escola de alvenaria na comunidade, mas o recurso ainda não foi liberado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Nota redação
A prefeita de Miguel Alves, Salete Rego, disse que ao assumir a gestão encontrou 19 escolas na mesma situação. Segundo a gestora, todas as outras tiveram os problemas solucionados, sendo algumas delas nucleadas para outras unidades próximas. De acordo com a prefeita, somente os moradores da comunidade Sambaíba não aceitaram a nucleação.

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“Nós disponibilizamos transporte escolar para todos os alunos serem levados para uma escola próxima, mas eles não quiseram, por isso hoje só temos essa escola nessa situação”, falou a prefeita.

Salete reconhece que a situação é precária, mas destaca que as crianças só continuam estudando ali por opção dos pais que não quiseram deixar a escola. “Lá funciona como multisseriado. Eu reconheço que a situação é extremamente precária, mas estão lá porque a comunidade não quis sair”, enfatizou. Em relação a merenda escolar, a prefeita disse a alimentação oferecida obedece a padrões e que é orientada por uma nutricionista, que faz um cardápio mensalmente.

 

Fonte: G1

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