“Merecemos paz, respeito, amor, compreensão, não podemos aceitar que a maldade instalada em alguns corações, dominem e ecoem mais alto que as vozes do bem! Não aceitamos a violência doméstica, e nenhuma outra forma de violência. Hoje a dor desta família é também de todas nos mulheres, que morremos um pouco a cada nova “Camilla” vítima de homens completamente desequilibrados”, afirmou.
A piauiense disse que é inadmissível que a sociedade aceite a situação e pede que as autoridades deem uma resposta. “É inadmissível que a sociedade constituída aceite esta situação. As autoridades cabíveis precisam dar uma resposta! Quantas de nós terão que sofrer abusos pelo machismo que em inúmeros casos leva ao feminicídio?”, questiona.
Monalysa citou números de feminicídio no Brasil e disse que a situação é assustadora. “No Brasil foram registrados 2.925 casos de femicídios! Sabe o que isso representa? Que entre Março de 2016 e Março de 2017, oito mulheres morreram por dia! Isso é assustador! Nós mulheres, não podemos em hipótese alguma aceitar sermos subjugadas! Merecemos respeito, merecemos uma justiça mais coerente em relação aos direitos da mulher, assim como ninguém tem o direito de julgar e macular a imagem de uma menina, cheia de vida e de sonhos. Meus sentimentos a família desta linda princesa”, finalizou.
O corpo de Camila foi encontrado na terça-feira (31/10) no povoado Mucuim, na zona rural de Teresina. Segundo a perícia, ela foi morta com um tiro no rosto. A estudante desapareceu no dia 25 de outubro. O suspeito do crime está preso.