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Postos de combustíveis são autuados por preços abusivos

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Por conta do aumento do combustível, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor realizou ontem, pelo segundo dia, vistoria em alguns postos de Teresina. Doze estabelecimentos foram fiscalizados, seis no primeiro dia, quando um recebeu advertência, dois autuados e seis postos no segundo dia de fiscalização.

Os técnicos do Procon avaliam o preço do produto a ser comercializado e as notas de faturamento atuais e antigas. De acordo com Arimateia Marques, chefe da Operação, alguns postos estão agindo de forma ilegal.

“Eles estão vendendo o combustível do faturamento anterior com o preço atual e isso não pode. Então, nós pedimos as notas para fazer a conferência. Outra coisa irregular é vender gasolina comum à vista e aditivada a prazo, sendo que isso também não pode. Ontem à tarde, um posto na zona Sul foi notificado por esta prática”, explica o técnico.

Os consumidores comemoram a fiscalização por achar a prática dos donos de postos abusiva. “Tem posto aí que tá vendendo gasolina comum por até R$3,50 desde o dia seguinte do anúncio, sem contar naqueles que só vendem um tipo de gasolina no cartão de crédito, o consumidor fica sem escolha”, comenta o vendedor Francisco Almeida.

Após este processo de visita aos estabelecimentos, Arimatéa explica que os postos que receberam advertência ou autuação terão seus processos encaminhados para o setor jurídico do Procon. “Vai ser feita uma análise para definir o valor da multa, que pode ir de R$400 a R$ 6 milhões, vai depender do faturamento do posto”.

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Mudança de rotina – Diante do salto de preço, quem anda de carro diariamente terá que rever o seu percurso se quiser gastar menos. Na casa do advogado Salatiel Pereira, a família teve que readequar os horários para que apenas um carro dos dois que possuem seja utilizado. “Vamos ter que cortar uso excessivo de carro aqui em casa. O esquema vai ser sair e voltar todos juntos, antes eu deixava a minha filha na escola e a minha esposa deixava o garoto. Agora, os dois vão comigo e a mais novinha vai chegar à escola meia hora antes do horário da aula dela, assim como o mais velho vai esperar o mesmo tempo na saída”.

Salatiel conta que com a medida ele pretende economizar uma média de R$ 150 reais por mês. “Abastecemos os carros por semana e com um mais parado a expectativa é precisar abastecer menos”.

Já para as pessoas que trabalham com transporte, o aumento vai trazer prejuízos. O mototaxista Anísio Sampaio disse que não vai poder repassar o valor extra do combustível para os passageiros, pois corre o risco de perder os clientes. ” O jeito é diminuir minha margem de lucro, antes eu colocava toda semana R$ 60 a R$ 80 de combustível e agora tô botando de R$ 15 ou R$ 20 para não ter tanta perda”, ressalta.

O mesmo fará o taxista Justino dos Santos. Para ele, aumentar o valor da corrida será impossível, pois isso é feito para toda classe a cada cinco anos e o último reajuste foi ano passado. “O valor do aumento da tarifa não vai cobrir a despesa extra com o combustível. Antes eu colocava uma média de R$ 250 por semana, agora vai saltar para R$350 ou mais”, aponta.

Fonte: Com informações do Jornal Diário do Povo

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