Seca continua no Piauí e governos cancelam Operação Pipa

A situação dos municípios do Piauí só vem se agravando nos últimos anos com a falta de apoio na solução dos principais problemas. Um deles é a seca, que há três anos consecutivos dizima plantações e afeta negativamente a economia. O problema se agravou ainda mais com a suspensão da Operação Pipa, que apesar de ser emergencial, tornou-se indispensável para a manutenção da vida nas cidades afetadas.

“Será uma catástrofe se esse programa parar definitivamente”, alerta o presidente da Associação Piauiense de Municípios (Appm), Arinaldo Leal. Segundo ele, a paralisação dos carros pipa coordenados pelo exército ocorreu nesta semana por falta de repasses do governo federal. “Nos informaram que assim que o repasse for realizado o serviço será restabelecido”, relata.

O presidente da APPM acrescenta ainda que em alguns municípios a situação é bem mais grave. “No município de Marcolândia, por exemplo, não existe nenhum manancial de água; todo o abastecimento é realizado através de carros pipa e tudo está parado. Com a crise dos municípios a gestão local não tem recursos para contratar esse serviço”, destaca.

Já o prefeito de Simplício Mendes, Dr. Eli Moura Fé, afirmou que a Operação Pipa coordenada pela Defesa Civil Estadual está paralisada há um mês. “Em meu município são cinco carros pipa parados, que fazem muita falta. Necessitamos de ajuda, caso contrário, a situação vai se agravar”, enfatiza.

Mais de 90% dos municípios piauienses estão em situação de emergência

A pior seca registrada no Brasil nos últimos 50 anos continua causando problemas no Nordeste. No último 23 de maio, o governo do Estado do Piauí assinou o decreto de situação de emergência em 211 municípios das 224 cidades piauienses. O número equivale a mais de 90% dos municípios do Piauí.

O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado do dia 26 de maio, mas entrou em vigor no dia 21 e é válido por 180 dias.

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APPM