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Tenente aposentado da Polícia Militar acusado de feminicídio passa por audiência nesta quinta (26)

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O tenente aposentado da Polícia Militar Pedro José de Oliveira passa por audiência de instrução e julgamento, nesta quinta-feira (26), por feminicídio, após denúncia do Ministério Público do Piauí. Ele é acusado de matar a tidos a ex-mulher Marilena Pereira da Rocha, em Teresina.

A audiência acontece na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto, e iniciou por volta às 8h30. Durante a sessão, cinco testemunhas de acusação devem ser ouvidas de forma presencial e o réu por videoconferência.

Ao final, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal deve definir se o caso será ou não julgado pelo Tribunal Popular do Júri.

Acusado observou rotina da vítima um dia antes do crime

Na quarta-feira (25), o g1 teve acesso aos vídeos de câmeras de segurança que mostram o suspeito próximo à casa da ex-mulher, no dia 25 de janeiro deste ano no bairro Mocambinho, Zona Norte de Teresina. No dia seguinte, Marilena Pereira da Rocha foi baleada na avenida Prefeito Freitas Neto.

A vítima estava indo à fisioterapia, de bicicleta, quando o ex-marido parou o carro, a derrubou no chão e efetuou ao menos três disparos. Ela foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Após cinco dias internada, ela morreu.

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Pedro José de Oliveira foi preso, no dia 26 de janeiro, em sua casa, no bairro Dirceu. Em petição assinada no dia 15 de fevereiro, o promotor de Justiça Regis de Moraes Marinho denunciou o policial militar por homicídio qualificado, tipificado como feminicídio.

Vítima tinha medidas protetivas

Marilena Pereira da Rocha tinha desde 2017 medidas protetivas concedidas pela Justiça contra ele. A primeira medida protetiva contra Pedro José Oliveira foi solicitada por Marilena em 30 de maio de 2017, através da Defensoria Pública do Piauí. O pedido foi acatado pela Justiça em junho do mesmo ano.https://421eb4b14301aa8b51c4d67fece39a53.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A medida protetiva, direito solicitado por mulheres vítima de violência, determina que o agressor mantenha distância da vítima e da residência dela, assim como dos familiares da vítima, ou de fazer contato por meios de comunicação.

No pedido, a Defensoria Pública afirmou que, durante o casamento dos dois, que durou 23 anos, entre 1984 e 2007, Marilena sofreu agressões físicas, morais, psicológicas, patrimoniais e sexuais por parte do então marido. Foram anos de agressões, humilhações, bens quebrados e ameaças de morte com o uso da arma de fogo do policial.

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Agressões continuaram após separação

Após o fim do casamento, Marilena passou a sofrer com ameaças e calúnias feitas pelo ex-marido a familiares e vizinhos dela. Além disso, ele teria feito ligações a ela, com xingamentos e ameaças.

“Ele ligava e dizia que ela não devia sair para trabalhar, que se algo acontecesse com um de nós, filhos, ela ‘ia ver o que ele faria’, ameaçando ela. Era um terror psicológico constante”, contou Yaslane.

Apesar disso, o policial lutou para deixar de pagar a pensão determinada pela Justiça para ajudar na criação dos cinco filhos. Em duas oportunidades, ele conseguiu reduzir o percentual que deveria pagar.

“Minha mãe já estava separada do Pedro José há mais de quinze anos. O período que eles viveram juntos foi muito conturbado, ele agredia ela não só fisicamente, mas psicologicamente e materialmente também. Depois que eles se separaram, começou uma briga judicial muito grande. Ela precisava da pensão alimentícia e ele se recusava a pagar. Por episódios de violência contra ela, ele também deve uma indenização”, contou a filha.

Fonte: G1 PI

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