Comandante da PM do Piauí avalia que criminalidade em Picos está sob controle

O comandante da PM do Piauí, coronel Carlos Augusto, esteve em Picos e avaliou a questão da criminalidade na cidade, especialmente o número de homicídios registrados neste ano, que já chegaram a 14. Em entrevista ao Folha Atual ele declarou que Picos não seguiu a tendência do crescimento de assassinatos verificados no Brasil nos últimos 27 anos, e que a situação local poderia ser pior, o que leva a entender que a violência estaria sob controle.

“Eu servi aqui durante três anos e em 1992 quando eu cheguei a média era de 14, 15, 16. E se você for olhar o avanço da criminalidade no Brasil, naquele ano você tinha 12 mil homicídios no Brasil, hoje são 62 pessoas mortas por ano. Você imagina se Picos tivesse acompanhando essa tendência nacional, nós estaríamos aqui com 70 ou 80 mortes em números”, declarou.

O coronel ainda fez uma ressalva quanto a análise da criminalidade baseada em números de homicídios. Comungando do mesmo pensamento do comandante do 4° BPM, tenente-coronel Edvando Viana, ele citou que dos 14 homicídios ocorridos em Picos até o momento no ano de 2017, em pelo menos 11, as vítimas tinham algum envolvimento com o crime.

“Pessoas que às vezes entram no submundo do crime através das drogas, mas não comemoramos mortes, gostaríamos de ter zero mortes na cidade de Picos. Que houvessem políticas públicas suficientes para não permitir às pessoas adentrar nesse mundo”, declarou.

Carlos Augusto disse ainda que a legislação penal brasileira está defasada e precisa mudar, além de ressaltar a necessidade do investimento em educação como forma de coibir a criminalidade em longo prazo.

Segundo o comandante, que há três anos lidera a PM no Piauí, o nosso estado é o mais seguro do Nordeste, ocupando a terceira posição no Brasil. “O que compete a polícia fazer, nós temos feito”, declarou.

Candidato?

O coronel Carlos Augusto confirmou que tem recebido convites de diversos partidos para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa no ano de 2018, mas destacou que nesse momento se dedica apenas ao comando da PM. “No momento certo nós vamos decidir e colocar o nome à disposição das pessoas para que elas avaliem, se for o caso”, declarou.