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Lojistas debatem planejamento para volta gradual do comércio em Picos

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Entidades comerciárias se reuniram na manhã desta quarta-feira (15), no auditório da Associação Comercial de Picos, para debaterem o último decreto emitido pela administração municipal, nesta segunda-feira (13), o qual versa sobre a continuidade no fechamento do comércio da cidade até o dia 30 de abril.

Os representantes lojistas buscaram, com a reunião, debater as dificuldades enfrentadas por todos e emitirem possíveis soluções – as quais foram documentadas – que serão enviadas aos vereadores e ao prefeito de Picos, Padre Walmir, e, após isso, tentar um encontro para debater as necessidades da classe comerciária.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Subsecção de Picos, Kleber Curica, disse que a entidade foi convidada a fim de orientar os empresários legalmente. Ele informou ainda que ficaram determinados pedidos para que o poder público se sensibilize aos anseios dos comerciantes e flexibilizem horários a fim de que os comércios sejam abertos.

Kleber Curica, presidente da OAB Picos

“Há uma preocupação deles não apenas por suas empresas, mas por seus trabalhadores. Temos que ter bom senso, porque temos que nos preocupar até mesmo em pôr alimento na mesa desses trabalhadores. Frisamos que essa volta deve acontecer de forma gradual. Temos que construir essa possibilidade com a responsabilidade de manter esse distanciamento social, igual o que tem acontecido nas farmácias e supermercados”, declarou.

Ele mencionou ainda uma preocupação dos comerciantes locais quanto ao pagamento de alugueis. Segundo ele, é preciso que haja bom senso de ambas as partes – locador e locatário – em entender o período de crise vivenciado no país.

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“Recomendamos que locadores e locatários procurem caminhos menos traumáticos, procurem o bom senso. A negociação deve acontecer. Ambos precisam sentar e negociarem, assim como acordaram no contrato de locação. É um momento de dividir prejuízos, de sentarem e negociarem essa locação”, afirmou.

José Rivaldo de Sousa, representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio-PI), expressou a angústia dos comerciantes em manter com compromissos em dia.

Rivaldo Sousa, representante da Fecomércio

“São muitos lojistas querendo resolução. Estamos com as mãos atadas sem sabermos o que fazer com funcionários, alugueis, pagamentos de impostos e fornecedores. As contas continuam chegando e o faturamento é zero. Então é uma preocupação geral. Faremos a entrega de um documento ao poder público municipal e esperamos que ele se sensibilize e decida abrir o comércio por partes, com muita cautela, vigilância e responsabilidade por parte dos comerciantes, que se comprometerão em não deixar aglomerar”, afirmou.

Ele disse ainda que há exagero no fechamento do comércio, visto que no município não há casos positivados do coronavírus.

“O que percebemos é um exagero no fechamento total do comércio. Se a preocupação é a propagação do vírus, vemos os bancos com aglomerações todos os dias, com filas quilométricas, sem a devida fiscalização. Nos supermercados vemos as pessoas distantes de 10 a 20 centímetros umas das outras. Se não houver sensibilidade, haverá uma ‘quebradeira’ muito grande no comércio local. Esperamos que o prefeito nos atenda e se sensibilize”, apelou.

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O agrônomo Alan Michel, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos, explanou a preocupação da classe quanto à produção e paralisação das vendas, o que tem acarretado a perca de produtos e, consequentemente, aumento de preço por conta da grande demanda e pouca produção.

Alan Michel, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos

“Sabemos da importância de se tomar as medidas necessárias para que o vírus não se espalhe, mas também temos preocupação em relação aos profissionais da área. Quando a gente tem, por exemplo, os bancos abrindo, tendo o contrato, mas não tendo os clientes porque as vans e transportes públicos não podem estar circulando. Essa é nossa preocupação, de sabermos como os governos estadual e municipal podem agir nesse sentido. Temos a preocupação também com a produção agrícola que está sendo restringida, ou seja, não está sendo comercializada. Isso pode afetar a perda de produção e no aumento do custo, o que reflete no preço final para os consumidores”, disse.

A classe de médicos e mototaxistas também foi defendida durante a reunião, tendo como premissas a importância do serviço médico e a necessidade dos trabalhadores informais em manterem suas residências, respectivamente.

Após a reunião, o documento foi redigido e será enviado à Câmara de Vereadores e ao gabinete municipal, ainda nesta quarta-feira (15), a fim de que seja marcado um encontro entre o prefeito Padre Walmir e representantes lojistas. A expectativa é de que o comércio volte a funcionar gradualmente a partir de segunda-feira (20) e que a partir do dia 1º de maio tudo seja estabilizado.

Estiveram presentes representantes da ACINPI, Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL), FÉCOMERCIO, OAB, Lojas Maçônicas, Rotary Club, Lions Club, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

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