Pelo menos 82 pessoas foram assassinadas no Piauí no mês de dezembro de 2015. Em comparação com os demais meses do ano, dezembro bateu um recorde de assassinatos. Antes dele, novembro havia registrado “apenas” 59 homicídios dolosos. Os dados são de uma pesquisa realizada mensalmente pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) com base na divulgação dos meios de comunicações do Estado.
Apesar do número elevado de crimes, o recorde de assassinatos no Estado nos últimos cinco anos, data em que a pesquisa começou a ser realizada, pertence a outro mês de dezembro, o de 2014 que registrou um total de 93 assassinatos em todo o Piauí.
Com relação ao mês passado, a pesquisa mostra que 44 crimes aconteceram na capital e os 38 restantes no interior e litoral. Os dados da pesquisa, segundo Constantino Júnior, presidente do Sinpolpi, servem para que a entidade possa cobrar mais investimentos por parte do Poder Público do Estado, principalmente na realização de concursos para a contratação de mais policiais.
Números
Mais uma vez as vítimas com passagens pela polícia, dividas com a Justiça ou mesmo usuários de drogas, detentos e ex-detentos, além de assaltantes e traficantes foram a maioria com um total de 19 casos. Em seguida aparecem as vítimas que eram estudantes e lavradores com um total de 11 casos casa um.
Seis pessoas eram aposentadas, número considerado muito alto se comparado com as pesquisas realizadas em outros meses onde as vítimas, com esse perfil, quando havia, eram uma ou duas, no máximo.
Quarenta e quatro pessoas foram assassinadas com armas de fogo, 25 com armas brancas e outras 14 com outros instrumentos, como pau, por exemplo. Em três casos não foi identificado o instrumento usado para cometer o delito.
Os assassinatos registrados na Capital foram divididos por regiões da seguinte maneira: 15 aconteceram na zona Sul; 14 na zona Leste; 10 na zona Norte e cinco na zona Sudeste. Com relação aos supostos motivos do delito, 14 foram por ajuste de contas, 11 por tentativa ou reação a assaltos e em 27 assassinatos não foi possível descobrir o que motivou o delito. Em sete delitos as vítimas estavam envolvidas ou se anteriormente com drogas e quadrilhas e em cinco delitos o motivo constatado foi passional ou violência sexual.
