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POLÍCIA

Polinter investiga falsos registros de roubos e furtos de veículos para não pagar multas

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A Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter) investiga falsos registros de furtos ou roubos de veículos para o não pagamento de multas. Esse tipo de comunicado é considerado crime e a pessoa envolvida pode responder de seis meses até um ano de prisão.

Segundo a Polinter, o comunicado de falso crime tem crescido gradativamente nos últimos anos. Em muitos casos, a pessoa registra a ocorrência na delegacia devido às vendas mal feitas, em que o proprietário do veículo não recebeu o pagamento devidamente.

“A gente alerta a população para que não utilize a Polícia Civil para resolver problemas inerentes a negócios civis e jurídicos, em que não foram concluídos os pagamentos. A pessoa realiza o boletim de ocorrência informando que foi furtado, quando na verdade uma das partes envolvidas não realizou o pagamento das parcelas. Há casos de multas decorrentes de veículos que foram vendidos há anos e a pessoa não consegue localizar o comprador e por isso registra um B.O comunicando um fato criminoso que não ocorreu”, disse o delegado titular da Polinter, Ewerton Férrer.

Outros casos recorrentes são de clonagens de veículos. Nos seis primeiros meses do ano passado foram registrados cerca de 200 boletins de ocorrência e este ano já são cerca de 350. A polícia suspeita que parte desses registros são feitos para o não pagamento de multas.

“A pessoa pode supor uma clonagem do seu veículo, informando que não esteve em determinado local, que não reconhece aquela multa, achando que é só um boletim de ocorrência e que aquilo não vai interferir em nada, para entrar com o recurso junto ao Departamento Estadual de Trânsito”, informou o delegado.

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Comunicar uma falsa ocorrência é considerado crime, podendo ser aberto um inquérito policial e os suspeitos responder criminalmente. “Se isso não for feito contando com a verdade poderá ser punida, podendo ser aberto um inquérito policial, podendo responder criminalmente de seis meses ou até um ano”, explicou o presidente da Comissão de Direito do Trânsito da Ordem dos Advogados do Piauí, Carlos Terto Júnior.

Os casos chegam aos advogados que em muitas vezes não podem agir, porque em muitos casos a vítima não sabe para quem vendeu o veículo. “Muitas vezes as pessoas vendem os veículos e não transferem no prazo de 30 dias e ainda sem saber para quem foi, não tem o nome, endereço, telefone, e isso atrapalha o advogado que precisa saber dessas informações quando vai apresentar um petição inicial”, contou o presidente.

Tudo isso prejudica as estatísticas da polícia, as políticas de combate à criminalidade e também ocupam os policias que poderiam estar atuando para solucionar casos reais.

O filho do capitão Gerson Santana, que recebeu 17 multas e só depois eles chegaram ao carro que estava circulando com a mesma placa do veículo verdadeiro. “O acusado disse que adquiriu esse carro através de um amigo dele que estava precisando de R$ 7 mil e ele emprestou e o amigo entregou o carro para que ele ficasse durante quinze dias tempo em que ele pudesse devolver o dinheiro e receber o carro”, disse o capitão da Polícia Militar Gerson Santana.


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