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POLÍTICA

Bancada se divide sobre os temas principais da reforma

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As discussões acerca da reforma política no país já começaram na Câmara Federal e prometem atrair a atenção de todo o país nos próximos meses por ser um assunto tão polêmico. A bancada dos dez deputados piauienses defende propostas diferentes em quase todos os temas abordados. Um dos assuntos mais polêmicos, como o financiamento de campanha, divide opiniões. Já a possibilidade de eleições em conjunto e o fim da reeleição para cargos executivos são quase unanimidade entre os parlamentares.

O Diário do Povo conseguiu entrevistar oito dos dez deputados federais que formam a bancada do Piauí na Câmara Federal e observou que todos se apresentam totalmente a favor da reforma. O relator da comissão responsável por discutir e elaborar o projeto a ser votado na Casa, o deputado piauiense Marcelo Castro (PMDB), afirma que a agora a discussão da reforma é para valer. “A reforma política é um assunto que não tinha como voltar atrás. O Brasil precisa discutir estas mudanças, pois como está não tem como ficar, com o atraso em muitos pontos como está hoje”, ressaltou.

Segundo ele, entre os assuntos mais polêmicos da reforma política está a sua proposta sobre o financiamento de campanha. O relator defende um sistema de financiamento misto, com parte dos recursos vindo de empresas, e a outra do setor público. Os deputados petistas Rejane Dias e Assis Carvalho defendem o financiamento apenas público. “O financiamento exclusivo público ajuda a deixar mais transparente as eleições. Pois em alguns casos, uma doação de empresa durante o pleito pode levar a beneficiamento de empresas dentro da gestão pública, o que é inaceitável!”, diz Rejane Dias.

Já os deputados federais Júlio César (PSD), Fábio Abreu (PTB), Iracema Portela (PP) e Paes Landim (PTB) se mostram totalmente contra o financiamento público de campanha. “Acho complicado o estado conseguir financiar toda a campanha. Retirar o financiamento privado impossibilitaria as eleições”, diz Júlio César. Iracema Portela, por sua vez, ressalta que o governo teria que arrecadar mais para poder bancar a campanha de todos. “O estado não tem como bancar sozinho o financiamento de campanha. Não é possível usar o dinheiro dos impostos na campanha. Temos grandes problemas sociais, para usar o dinheiro público com campanha”, diz ela.

O deputado Paes Landim afirma que para o estado arcar com todos os custos, os impostos precisariam ser aumentados. “É muito inviável. Precisamos de alternativas que façam funcionar e não que dificulte ainda mais o sistema político que nós temos”, afirma Paes Landim. Fábio Abreu cita que o que pode ser feito é limitar o valor das doações de pessoa jurídicas e criar um sistema que acompanhe melhor e fiscalize as doações das empresas aos candidatos, para que posteriormente não haja nenhum tipo de beneficiamento de empresas dentro da gestão pública.

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Fonte: Diário do Povo

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