POLÍTICA
Firmino Filho oficializa candidatura contra W.Dias e revela mágoa: “Foi covardia”
O prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) falou, pela primeira vez depois da polêmica reeleição do presidente da Câmara dos Vereadores, Jeová Alencar (PSDB), sobre os desdobramentos a partir deste feito.
Firmino demonstrou que não tem qualquer dúvida de que houve interferência externa “estadual”, segundo ele mesmo denomina, que determinasse a reeleição de Jeová. Ele chama de “armação”, “covardia”, “trama” e “armadilha” o que ocorreu no parlamento municipal na quinta-feira passada.
E aproveita para dar um recado: se antes não via qualquer possibilidade de sair candidato a governador, agora percebe que é visto como uma ameaça à candidatura de reeleição do governador Wellington Dias (PT) e se mostra animado para entrar numa disputa para o próximo ano.
“Chance era zero, diria entra zero ponto um, zero ponto cinco… mas agora aumentou para dois dígitos”, afirmou na entrevista que concedeu aos jornalistas Marcos Melo (Política Dinamica) e Efrém Ribeiro (Meio Norte) ainda na segunda-feira, dia 20, após uma serie de reuniões com vários de seus secretários e alguns dos vereadores que considera aliados.
Firmino disse que a interferência foi uma tentativa frustrada de “tentar barrar qualquer possibilidade de candidatura” dos tucanos. E considera que muito vereador foi “inocente” ao votar sem saber que tratava-se de uma “trama maquiavélica” por parte, especialmente, do PMDB. Sem citar o nome, deixou a entender que o autor dessa “trama maquiavélica” teria partido do presidente da Assembleia Themístocles Filho (PMDB).
“Essa tentativa de nos encurralar, acaba virando outra coisa. Foi uma tentativa de armação e muitos vereadores foram inocentes. De repente a Câmara foi envolvida numa trama maquiavélica de nos tentar tirar a chance de sermos candidatos. Nossa relação com o PMDB sempre foi respeitosa. Estivemos juntos por diversas vezes, mas também em lados contrários, mas sempre nos respeitamos. Mas desta vez considero que houve uma quebra de relacionamento. Faltou lealdade. Lealdade de quem tem parceria. Exatamente por isso não tem condição de continuar essa aliança”, anunciou.
Firmino deixou claro que esse rompimento com o PMDB é meramente político. “Eu diria que foi até covarde, uma armadilha que fizeram. Foi uma trama com a Câmara Municipal. Mas é uma questão de natureza política. Não sou de fazer caças as bruxas, mas preciso consolidar minha base, buscar fidelidade. E é importante que seja uma base consistente e que possa defender os interesses da sociedade. Na Câmara ficarão aqueles que têm coragem de enfrentar forças externas. Ainda iremos conversar com todos os que foram do nosso lado. Essa eleição na verdade nem existia. Foi uma coisa meio que abusivo. A autonomia da Câmara foi quebrada. Vamos sentar e conversar”.
Fonte: Oito Meia
Foto destaque: reprodução
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