Margarete Coelho: ” Wellington está disposto a gastar popularidade para organizar o Piauí”

Por que os piauienses devem acreditar no governo da dupla sertaneja Wellington Dias e Margarete Coelho?

Esta foi a primeira pergunta feita para a Vice-governadora dos piauienses na entrevista que ela concedeu hoje (21/01) durante uma visita ao O Olho feita em companhia do secretário estadual de Comunicação, João Rodrigues.

A resposta foi surpreendente: – O nosso governador vai agir como uma estadista.

Como assim?

– Ele está disposto a gastar o seu vasto capital de popularidade.

E como será esse “gasto”?

– Tomando de forma corajosa as medidas de quem está pensando não nas próximas eleições, mas sim nas próximas gerações.

Mas…

– Ah, e quanto a sermos denominados de “dupla sertaneja”, obrigado pelo elogio. Somos dois filhos orgulhos dos sertões piauienses de Paes Landim e São Raimundo Nonato.

Eloquente e com um racicínio rápido, firme nas argumentações e bem humorada, Margarete de Castro Coelho (PP) falou com o Editor Executivo Allisson Paixão sobre esse e outros temas, como cortes no gastos públicos, feminismo e acordos políticos do Partido Progressista com outras legendas partidárias.

Quais são os maiores desafios para quem vai administrar o palácio de Karnak pelos próximos anos?

– O equilíbrio fiscal da previdência. O Piauí gasta mais de meio milhão de reais por ano com os aposentados. E daqui a dois anos, cerca de 40 centro dos mais de cem mil  funcionários públicos vão se aposentar.

Mas além de discurso e constação da necessidade de mudança, o que vai ser feito de concreto?

– A nossa segurança pública terá um novo perfil. O trabalho de Fábio Abreu e da Eugênia Vilar serão aplaudidos. Escreva o que estou dizendo e me cobre depois.

E o que mais?

– A regularização das terras piauienses. Principalmente nos cerrados, onde grupos empresarais sérios estão deixando de investir por medo da insegurnça jurídica nesse setor.

A prestação dos nossos serviços públicos ainda está abaixo do minimamente razoável, não é verdade?

– Sim. Atualmente, o cidadão se porta corretamente como um consumidor dos serviços do Estado. E a cobrança é de quem paga por eles. A lição daquelas manifestações de junho do ano passado devem ser apreendidas por todos nós.

Ser a primeira mulher a assumir esse cargo é um alegria ou um carma?

– Nunca foi um projeto pessoal. Sou uma mulher representante e representada por um discurso. É uma responsabilidade oriunda da luta de muitas mulheres para essa conquista que, ressalto, é coletiva.

A senhora é feminista?

– Não escolhi essa e nenhum outra bandeira por questão de gênero. Esse foi um discurso que me buscou, me encontrou, me alcançou como filha, mãe, esposa, madrinha, amiga e tantas que sou e somos em nossas vidas.

Sim, uma vice faz o quê mesmo?

– Governar não só ordenar despesas. No meu caso, recebo missões do Governador. Agora, é a de gerencia um grupo de estudos da área econômica sobre nossa previdência.  

O que não pode faltar atuamente na administração pública?

– P.P.

O Partido Progressista?

– Também (risos). Falando sério: a sigla P.P é de Pesquisa e Planejamento. Não podemos prescindir disse sem o risco de não sairmos do lugar, ficando dando voltas sem direção.

Ciro Nogueira no ninho tucano significa um voo do PP para longe do PT de Wellington Dias?

– Ciro é luminar da atual política piauiense. Tem projeção estadual e dimensão nacional. Nenhum sigla pode fazer política em Tersina sem considerá-lo como força política.

Qual o livro que senhora está lendo atualmente?

– A Dignidade da Legislatura, de Jermey Waldron.

 

Fonte: O Olho