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Método de laqueadura sem corte pode ser feito no Piauí; saiba como

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Um novo método de laquea-dura sem corte (famosa ligação de trompas) já pode ser realizado em Teresina. O procedimento, inovador, vai facilitar muito a vida das mulheres que não desejam mais ter filhos. A técnica não tem necessidade de cirurgia e a mulher pode voltar a suas atividades normais no mesmo dia da realização do procedimento.

Até bem pouco tempo atrás, um dos métodos mais utilizados como meio de contracepção feminina, a laqueadura, só podia ser feito através de cirurgia aberta, ou seja, cirurgia com corte, como se fosse uma “mini cesareana”.

Posteriormente com o surgimento da Laparoscopia, houve uma evolução da laqueadura que deixou de ser feita com corte convencional e passou a ser feita por vídeo cirurgia apenas com punções, no entanto, é um procedimento cirúrgico com anestesia com riscos inclusive de sangramentos e infecções. Há pouco tempo, surgiu o ESSURE, que é a laqueadura sem cortes feita por via intra uterina, ou seja “por dentro” do útero.

O responsável por trazer esse novo método para o Piauí é o médico Anatole Borges, que participou de capacitação realizada no mês passado, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

O médico explica que nessa técnica é feita uma espécie de “endoscopia” do útero com uma microcâmera e assim é possível ver a entrada das trompas e obstruí-las. “Trata-se de uma técnica que pode ser feita até mesmo sem anestesia, ou apenas com uma sedação. A paciente não tem nenhum tipo de corte, não tem pontos e vai para casa no mesmo dia e o mais importante: a mesma eficácia das outras técnicas”, frisou.

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Anatole Borges ressalta que por ser uma técnica menos invasiva, tem menos riscos para as pacientes e, portanto está indicada para mulheres com obesidade, hipertensão, diabetes, com problemas cardíacos, enfim, nas pacientes que têm maiores riscos para cirurgias convencionais.

O método começou a ser desenvolvido na década de 90 por uma empresa norte-americana. O procedimento já é realizado em outras cidades do Brasil, ainda é desconhecido no Piauí. Em alguns Estados, a laqueadura sem corte vem sendo realizada através do Sistema Único de Saúde – SUS, para diminuir a lista de espera de mulheres que aguardam para fazer o procedimento pela rede pública.

“Em uma laqueadura cirúrgica é possível ser realizado três procedimentos durante uma manhã, já na laqueadura sem corte, no mesmo espaço de tempo, pode ser feito até 10 procedimentos. É um método bem mais rápido e a eficácia é a mesma”, finalizou Anatole Borges.

Para que seja feita a laqueadura, o médico precisa ter a confirmação de que a mulher não está grávida e realizar exames simples, como papanicolau e ultrassom transvaginal. Estando tudo certo, basta iniciar o procedimento, sem necessidade de jejum ou anestesia.

O método é feito via vaginal por meio da histeroscopia, onde um aparelho com uma câmera permite avaliar a cavidade uterina e a entrada das tubas. Por ele é introduzido um cateter com um dispositivo em forma de mola na ponta. Esse dispositivo será colocado dentro de cada uma das trompas.

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Após o procedimento, durante os três meses seguintes, ao redor das molinhas, o corpo naturalmente forma um tecido cicatricial que termina de bloquear a passagem entre os ovários e o útero, caminho por onde passam os óvulos e espermatozóides.

Todo o processo demora em torno de 15 a 30 minutos, mas pode variar de acordo com as condições de cada paciente. Após três meses a paciente retorna ao consultório para realizar exames que comprovam a laqueadura. Não há restrição quanto à atividade física ou sexual mesmo após a realização do procedimento.

 

Fonte: Diário do Povo

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